Presidente da Funeas diz que licitação está em andamento, mas não citou prazos
Em março de 2018 o Rotary Club Vila Nova, de Francisco Beltrão, anunciava a venda de rifas para custear a instalação de um banco de leite humano no Hospital Regional do Sudoeste (HRS). Orçado em 40 mil dólares, parcerias com empresas fizeram com que, um ano e três meses depois, a sala fosse inaugurada. Mas já em março de 2020, a unidade ainda não abriu as portas como deveria.
O espaço está instalado no bloco D do HRS com acesso externo e interno e é projetado para coletar, analisar, armazenar, preservar e doar leite materno para crianças cujas mães não são capazes de amamentar. Esse tipo de serviço também auxilia no tratamento de crianças prematuras em unidades neonatais, espaço que já existe no HRS, por exemplo.
Mas apesar de um evento de inauguração e discursos que comemoraram a conquista, as portas não foram abertas. De acordo com a diretora do HRS, Cintia Jaqueline Ramos, apesar do espaço possuir linha branca e estrutura, ainda faltam cerca de R$ 320 mil em equipamentos.
“O Rotary proporcionou a reforma predial do espaço físico, onde está abrigado o banco de leite. Além da reforma predial e de proporcionar toda a linha branca, que são os recursos, os refrigeradores, imobiliário (…) Já está na Secretaria do Estado da Saúde a licitação dos equipamentos para o processamento do leite. Esses equipamentos giram em torno de R$ 320 mil e estão em processo de licitação pra que de fato a gente coloque o banco de leite pra funcionar”, defendeu Cintia.
Presidente da Fundação Estatal de Atenção da Saúde do Paraná (Funeas), Marcello Augusto Machado, também disse que a licitação para o banco de leite já está em andamento pela Secretaria da Saúde do Paraná, mas não falou em prazos. “O banco de leite será efetivado em breve, com a disponibilização ao hospital dos equipamentos necessários, cuja aquisição está em andamento”, destacou.

Ampliação prevista
A licitação também já era citada no ano de 2019 pela direção do hospital, que além do banco de leite projeta a ampliação da estrutura predial, com implementação de um centro de hemodinâmica (uma área estudada para mais 1,3 mil metros quadrados).
“Uma outra situação que já está tramitando há um tempo é a ampliação física do Hospital Regional. Uma ampliação de 1,3 mil metros quadrados, onde vai abrigar o centro de hemodinâmica e demais áreas de apoio, que são importantes para unidade. Porque quando a gente fala de um centro de hemodinâmica, tem que ter áreas de apoio: como área de central de material esterilizado e outras situações para poder dar evasão ao atendimento. Então a gente também tem esta ampliação física que o Governo do Estado do Paraná está estudando, está avaliando, está revisando o projeto arquitetônico”, pontuou Cintia.
Na interiorização, durante a Expobel, o Governo do Estado manifestou que irá começar a obra de ampliação do Hospital Regional de Francisco Beltrão. O investimento é estimado em R$ 7 milhões e será fruto da sobra de caixa da Assembleia Legislativa que será devolvida ao Estado.
Especificamente sobre a ampliação para serviço de hemodinâmica e implementação de uma unidade coronariana, Machado disse que “o projeto de adequação está em revisão e aprovação”. “Podemos falar, dentre algumas previsões, da ampliação da resolutividade, com a oferta de novos procedimentos médicos e de especialidades, com ampliação física, humana e de equipamentos, segundo a lógica da regionalização da assistência, uma das diretrizes do Governo do Estado para colocar os serviços mais perto das pessoas”, ponderou.
A deputada Luciana Rafagnin também disse que já apresentou uma proposta de emenda ao orçamento do Estado de R$ 2 milhões para custeio (de caráter coletivo, com outros deputados), mais uma emenda de R$ 200 mil, solicitado à deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), a ser empenhada este ano.
A expectativa é que os recursos sejam aplicados e que as obras iniciem em breve, junto com a efetivação do banco de leite.