Saúde

Militares do 16º Esquadrão, agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias iniciaram ontem um mutirão técnico contra o mosquito da dengue.
Fotos: Flávio Pedron/JdeB
O mutirão técnico na cidade de Francisco Beltrão para o combate ao mosquito Aedes Ae-gypti, transmissor da dengue, febre chikungunia e zika vírus começou na manhã de ontem, com a participação de servidores públicos das secretarias municipais de Saúde, Viação e Obras e Meio Ambiente e de militares do 16º Esquadrão do Exército.
A chefe do setor de combate a endemias da Secretaria Municipal de Saúde, Tânia Lise, reuniu as servidoras públicas e militares em equipes para visitar as casas e empresas dos bairros Padre Ulrico, Conjunto Residencial Beltrão, Conjunto Esperança e Loteamento Coohabtran.
Nesta região da cidade o trabalho vai prosseguir até sexta-feira, 31. Os militares e servidores públicos – agentes de combate a endemias e comunitários de saúde – visitam as casas e empresas, entregam panfletos sobre a dengue e o Aedes, perguntam se as famílias estão verificando possíveis focos do mosquito e o destino correto dos lixos reciclável e doméstico e sobre os cuidados com os vasos de plantas e flores.
Tania informou que neste ano será feito um mutirão diferente em todos os bairros. O cronograma prevê visitas a todos os bairros até 20 de fevereiro. Sobre esta ação, a coordenadora do setor de combate a endemias disse que, “como Beltrão está com alto índice do Liraa [Levantamento de Índice Rápido de Aedes], de 5,7%, nós temos também o alerta amarelo no Paraná, com 24 municípios com epidemia, e a gente não quer que isso aconteça em Francisco Beltrão como aconteceu nos anos de 2011 e 2012. Então esse ano vamos realizar um mutirão diferente, mais técnico. Vamos passar em todas as residências, orientando a população do que é um foco, do que é um possível criadouro”.
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Tania contou que se percebeu no último Liraa que muitos focos estão em residências habitadas, “mais de 95%, e esses focos são os vasos de plantas, os pratinhos que as pessoas acabam deixando com água dentro. Muitas gente tem até descuidado disso, as cisternas e os baldes que acabam acu-mulando água da chuva pra lavar o piso depois”.
Ela pediu que a população tenha mais cuidados com estas coisas nas residências. “A gente espera que haja a colaboração da população pra que esse índice venha a reduzir”, disse Tania, ao falar sobre os 5,7% de infestação.
A enfermeira explicou que já era esperado um índice alto, “porque janeiro é um mês quente e chuvoso, por isso esse índice é um pouco mais alto, mas 5,7% tá demais”.
O mutirão técnico acontecerá sempre nos dias que antecedem a coleta de lixo reciclável pelo pessoal da Cooperativa Marcop. Tania destacou o apoio do Exército e das secretarias de urbanismo e Meio Ambiente para o trabalho nos bairros.
A agente comunitária de saúde Ana Lia Eckrt integra uma das equipes que está visitando os domicílios. Ela disse ao JdeB que a recepção “foi bem tranquila, todos deixaram vistoriar” as casas. Relatou que em algumas casas foram encontrados focos grandes de larvas de Aedes e também que teve residências onde foram encontrados entulhos, mas houve a orientação para que tomem providência.
Dona Roselene de Matos, diarista e moradora do Padre Ulrico, recebeu uma equipe em sua casa e enalteceu a importância da campanha. “Eu acho importante isso, tem muita gente que deixa bastante água acumulada e eu acho importante passar [a visita].” Ela disse que to-ma os cuidados para evitar a proliferação do mosquito. “Eu sempre tô cuidando pra não deixar água parada”, afirmou.
