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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Vacinas contra a Covid-19 são seguras? Veja o que diz a coordenadora de Farmácia da Unisep

Saúde

Caroline Lermen: ao se vacinar, você também protege as pessoas ao seu redor.

Após a aprovação emergencial da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para as vacinas CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan juntamente com o laboratório chinês Sinovac, e da AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford com a Fiocruz, iniciaram as campanhas de vacinação contra a Covid-19 em todo o Brasil. 

Entretanto, antes mesmo das vacinas chegarem surgiram dúvidas e boatos sobre os seus efeitos e uma parcela da população se mostra contrária à vacinação. “De acordo com os estudos feitos até o momento, não é preciso ter medo. As vacinas passaram pelos testes de segurança e tiveram sua eficácia comprovada pela Anvisa”, tranquiliza a coordenadora do curso de Farmácia da Unisep, campus de Francisco Beltrão, Caroline Lermen Munhoz.

As diferenças entre as vacinas
Caroline explica que a vacina produzida pela Universidade de Oxford usa uma tecnologia conhecida como vetor viral replicante. Ou seja, utiliza um vírus vivo, como um adenovírus, que não tem capacidade de se replicar no organismo humano ou prejudicar a saúde. “A eficácia média da AstraZeneca, segundo os cientistas responsáveis, é de 70%.”

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Já a CoronaVac é feita com o vírus inativado, o que significa que o vírus é cultivado e multiplicado numa cultura de células e depois inativado por meio de calor ou de produto químico. “O corpo que recebe a vacina com o vírus já inativado começa a gerar os anticorpos necessários para o combate da doença”, resume Caroline.

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A coordenadora acrescenta que a técnica de produzir vacinas a partir de vírus inativado não é nova. “Ao contrário, é um processo muito utilizado na produção de outras vacinas.  A CoronaVac, portanto, é considerada segura, tendo eficácia geral de 50,38%, o que significa que as pessoas vacinadas com ela tem 50,38% menos risco de adoecer por covid-19.”

Caroline lembra que o foco da vacinação é evitar que mais pessoas adoeçam, necessitem de internação e venham evoluir para óbito. Além disso, frisa a coordenadora de farmácia, a vacinação é um ato coletivo e não individual. “Ao se vacinar, você também protege as pessoas ao seu redor, principalmente as que não podem receber a imunização neste momento.”


Riscos são mínimos
Os eventos adversos causados pelas vacinas, já apresentados em bula, são leves. Os mais comuns são dores no local da aplicação e, em alguns casos, febre baixa, além de fadiga e dor de cabeça. “A chance de ocorrer um efeito adverso mais grave é pequena e o risco mínimo é totalmente compensado pelos benefícios obtidos com a vacina”, pontua a coordenadora.

Medidas de proteção continuam importantesApesar de a vacinação já estar acontecendo, Caroline Lermen Munhoz lembra que é fundamental manter as medidas de proteção, que incluem: lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool gel; cobrir a boca com o antebraço quando tossir ou espirrar (ou utilizar lenço descartável e, após tossir ou espirrar, jogá-lo no lixo e lavar as mãos); manter-se a pelo menos um metro de distância das outras pessoas; usar máscara é medida de proteção que continua válida.

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Quem pode se vacinar
Até o momento, quem pode se vacinar são as pessoas que já tiveram covid-19, desde que o início dos sintomas tenha ocorrido há pelo menos quatro semanas; pessoas que não tiveram sintomas, quatro semanas a partir do primeiro resultado positivo no teste RT-PCR; Idosos; Pessoas imunodeprimidas; Pessoas com HIV, asma, DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), cirrose, diabetes, pressão alta, cardiopatia, epilepsia. 

Pessoas que tomam os seguintes medicamentos: antibiótico, corticoide, imunossupressor, imunobiológico (anticorpos monoclonais), anticoagulante; Pessoas que estão tratando câncer ou que já tiveram a doença; Pessoas com alergia a ovo; Pessoas com doenças autoimunes; Pessoas que convivem com parentes imunossuprimidos/doentes em casa e pacientes transplantados.

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Quem não pode ser vacinado
Por enquanto, somente não é recomendado receber a dose quem tem alergia aos componentes da vacina; Quem já tomou outra vacina contra covid-19; e, como ainda não foram incluídos testes com crianças e adolescentes, menores de 18 anos também não podem receber a vacina.  Também as pessoas com covid-19 ou com febre de 37,5 e com doença crônica agudizada naquele momento devem adiar a vacinação até a recuperação.

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