Serão visitados 20 mil domicílios num prazo de 60 dias.

Os agentes comunitários de saúde (ACS) de Francisco Beltrão estão realizando a pesquisa sobre a coleta de lixo domiciliar e se as famílias fazem a separação dos lixos orgânico e reciclável. Cerca de 20 mil domicílios do perímetro urbano de um total de 25 mil serão visitados para responder ao questionário. As famílias também estão recebendo panfletos informativos sobre os tipos de lixo e a separação.
A reportagem do Jornal de Beltrão acompanhou a visita da agente de saúde Sandra Aparecida Lima da Rosa, da Unidade Básica de Saúde do Alvorada, a duas residências. Há um ano atuando com agente de saúde, Sandra conta que a maioria das pessoas não sabe o que é a coleta seletiva, o aterro sanitário, que recebe o lixo doméstico do município, e para onde vai o lixo coletado de suas casas.
Conforme Sandra, a maioria das pessoas que ela visita faz a separação do lixo reciclável, “mas não sabem bem o que é”. Mas eles têm em suas residências a bolsa amarela para colocar os produtos reaproveitáveis. Os que não têm ou perderam, pedem informação de onde pegar. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, localizada no parque de exposições, fornece as bolsas para empresas ou famílias.
Sandra diz que as pessoas que estão respondendo os questionários consideram ótima e importante a pesquisa.
Dona Juvira Marques da Silva, de 65 anos, e o marido Vitorino da Silva, de 74, moram na Rua Antônio Carneiro Neto, e separam os produtos recicláveis e parte do lixo orgânico. Os produtos reaproveitáveis são coletados pela Associação dos Catadores (Ascapebel) e o lixo orgânico – cascas de frutas e verduras e legumes – são usados como adubo na horta do imóvel.
Seu Haroldo Marcelino Ribeiro, 63 anos, também morador da Rua Antônio Carneiro Neto, faz a separação dos produtos reaproveitáveis. As caixinhas de leite longa vida são lavadas para não ficar o resíduo do produto. Haroldo é chapeador, mas está em licença-saúde pelo INSS, mora com a esposa e dois filhos. Quem faz a separação do lixo é seu Haroldo. Ele também aproveita as cascas de frutas, verduras e legumes para fazer adubo nos fundos da casa. Depois, este adubo é colocado na hortinha da família.
Com os dados da pesquisa, a Secretaria de Meio Ambiente pretende melhorar a gestão dos resíduos sólidos gerados no município. Assim, a Secretaria tem buscado alternativas que sejam viáveis e que apresentem melhores resultados tanto na coleta como na destinação final dos rejeitos domiciliares. De acordo com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a primeira opção é a não geração de resíduos, depois a redução e a reutilização, e finalmente a reciclagem.
As entrevistas devem ser concluídas num prazo de 60 dias.