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Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Itaipu analisa viabilidade de produção de biogás em Beltrão

Como maior bacia leiteira do Sudoeste, município tem potencial para produzir energia renovável.

 

Grupo de Francisco Beltrão foi a Foz do Iguaçu receber informações sobre produção de energia renovável. 

 

Na via Tecnológica do Leite de Francisco Beltrão, em 2013, representantes de entidades e da Itaipu começaram a conversação sobre projetos de energias renováveis na região. Na época não houve avanços, mas durante a organização da feira do ano passado, um grupo de pessoas ligadas ao setor agropecuário de Beltrão foi até Foz do Iguaçu, quando veio a notícia afirmativa de que a Itaipu desenvolveria projetos de energia renovável.
Membros da Rural Leite, UTFPR e Prefeitura de Beltrão perceberam a demanda local em relação ao meio ambiente, produção e custo da energia elétrica. A ideia do projeto local é estimular os agricultores a transformar os dejetos dos suínos, bovinos e das aves em energia elétrica e renovável.
 Para por a ideia em prática, o grupo se organizou e foi a Marechal Cândido Rondon, onde mais de 30 famílias da agricultura familiar produzem biogás. Até aquele momento, as famílias de Marechal desenvolviam energia elétrica, gás de cozinha e biofertilizantes, além disso, eles conseguem vender gás para a caldeira da cooperativa. 
Com o andamento do projeto, famílias passaram a se interessar pelo biogás. A Itaipu, através da CIBiogás, está desenvolvendo uma análise de viabilidade das propriedades rurais de Beltrão e o objetivo será fazer um projeto piloto na comunidade Assentamento Missões, semelhante ao condomínio existente em Marechal. 
A princípio, foi feito um levantamento de dados do Assentamento Missões para ver o potencial de energia que será possível produzir. No local estarão envolvidas 104 famílias para o projeto piloto. Segundo a vereadora Daniela Celuppi (PT), de Beltrão, uma das incentivadoras do projeto, também há 21 agricultores interessados em fazer de forma individual ou mesmo em conjunto. 
“Na semana passada uma equipe da Itaipu veio a Beltrão e visitou todas as famílias e fez o levantamento de produções para fazer os projetos de viabilidade técnica e financeira. Como a gente sabe, é um tema novo na região e é preciso embasar muito bem – pois o produtor vai contrair um financiamento no banco para pagar o investimento de acordo com a viabilidade de cada, mas ele precisa saber em quanto tempo o investimento se paga”, comenta Daniela sobre o atual desenvolvimento técnico. 

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Lei municipal para subsídio 
A Itaipu bancará todo o projeto técnico do Assentamento Missões, os demais produtores terão que bancar de forma individual. A vereadora estuda junto com equipe técnica da Itaipu a criação de lei municipal de incentivo aos produtores rurais para construção biodigestores. “Para que o projeto do biogás se consolide, a gente precisa fazer duas coisas, uma delas é ter demanda dos produtores e outra é ter a lei municipal para dar embasamento e legalidade ao projeto”, diz Daniela. 
O que motiva a vereadora é saber que há grande interesse dos produtores, principalmente devido ao alto custo da energia elétrica. “Eles estão interessados porque a qualidade da energia piorou muito e há muita falta de energia. O prejuízo que o produtor tem tido sempre que falta a energia os motiva e também a preocupação com o meio ambiente”, conta. 

Biogás em Beltrão é viável
Para Daniela, a produção de biogás em Beltrão é viável, porque é a maior bacia leiteira do Sudoeste, portanto o potencial para gerar energia é grande. “A Itaipu tem apostado muito na região pelo alto nível de produção. Se a gente tem muita produção é porque temos muitos animais, tendo muitos animais, vai ter muitos dejetos e com isso podemos ter muita energia, essa é a ligação que eles fazem, sempre dizem que a região Sudoeste e a região Oeste são bombas de produção de dejetos com relação a bovinos, suínos e aves”, esclarece. 

A vereadora Daniela Celuppi tem estudado uma criação de lei para subsidiar a construção biodigestores.
Foto: Lígia Tesser/JdeB 

 

 

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