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Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Perfuribel acreditou e foi muito feliz ao construir sede na avenida que “parecia uma BR”

Vista área da sede da Perfuribel, na avenida Atílio Fontana.

“A Cidade Norte está crescendo bastante. Depois que a gente veio pra cá, vieram também os bancos, veio uma estrutura de comércio. Antes tinha poucas empresas e a Atílio Fontana era como uma BR, com alguns postos de gasolina”, relembra Cláudio Lubian, sócio da Perfuribel Poços Artesianos, empresa instalada naquela que hoje é uma das principais e mais movimentadas vias de Francisco Beltrão, margeada por comércio diversificado e moderno.

O empresário destaca também a valorização dos imóveis na Atílio Fontana, que teve grande evolução nos últimos anos. “Hoje o valor do metro quadrado aqui da avenida não perde muito para as áreas mais no centro da cidade. Quando a gente comprou o imóvel aqui, ninguém dava valor. E foi um grande acerto, ficou ótima a localização.”

Embora esteja associada à Atílio Fontana, a empresa comandada por Cláudio iniciou suas atividades no bairro da Cango, em 2002, onde funcionou por cerca de oito meses. Na sequência, mudou para a Cidade Norte e, por 8 anos, operou em um barracão locado, até adquirir o terreno atual e erguer sua moderna sede própria. “Nossa ideia ao vir pra cá era deixar a empresa bem localizada, essa parte da cidade dava acesso fácil para uma região onde temos muitos clientes do agronegócio”, justifica Lubian.

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Um salto de crescimento

Há 21 anos no mercado e há 13 anos na sede própria, a Perfuribel começou com duas pessoas — o proprietário e um ajudante — e hoje emprega cerca de 30 colaboradores diretamente, incluindo três engenheiros — um engenheiro eletricista, um engenheiro civil e um geólogo. “E tem mais profissionais que trabalham de forma indireta, que a gente subempreita”, acrescenta Lubian.

No comparativo com o início das atividades, a estrutura da Perfuribel deu um enorme salto. No começo, tanto equipamentos como profissionais para realizar o trabalho vinham de outro Estado. “A gente não tinha condição de ter um máquina de perfuração, então locava o serviço de um pessoal de fora e parte dos equipamentos. Em 2005, pegamos o primeiro Finame, adquirimos a primeira máquina, depois veio a segunda, a terceira… hoje temos uma máquina para cada aplicação”, comemora Cláudio.

Uma das recentes aquisições da Perfuribel é uma perfuratriz pequena, com capacidade para até 200 metros de profundidade, ideal para serviços na área urbana, onde o espaço costuma ser restrito, em locais como garagens de prédios e fundos de terrenos. “Com esse equipamento, já fizemos vários poços em prédios aqui de Beltrão, fazemos na garagem, no subsolo.”

Os irmãos José Roberto Lubian e Cláudio Lubian, sócios da Perfuribel. Foto: Luciano Trevisan/JdeB.

É fácil obter liberação para um poço artesiano

Apesar de estar há duas décadas no mercado e de ter perfurado centenas de poços no Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina, a Perfuribel ainda enfrenta alguns tabus. Uma das barreiras é a visão de que é difícil obter liberação para construir poços artesianos. “Isso é um grande engano. Em cidades como Cascavel, por exemplo, praticamente todos os prédios têm poço”, frisa Cláudio.

O empresário informa que o procedimento para obter autorização é simples. O Paraná, inclusive, é o Estado com mais poços registrados no órgão fiscalizador do segmento, o IAT (Instituto Água e Terra). “A liberação é fácil, até porque há uma grande demanda por água. O que salva hoje é a água subterrânea. Se não fosse ela, a gente não teria frigoríficos e laticínios operando, hoje 98% das atividades de avicultura, suinocultura e bovinocultura utilizam água subterrânea.”

Outro ponto que costuma barrar a procura pelo serviço é a ideia de que a perfuração prejudica os lençóis freáticos. “De maneira alguma, porque nós temos uma riqueza muito grande de água no subterrâneo. Aqui na nossa região, praticamente em todos os lugares onde perfura tem água. O agronegócio e o abastecimento urbano são muito dependentes da água subterrânea. Não fosse a água do subterrâneo, a demanda em períodos de estiagem iria superar a capacidade de atendimento do abastecimento público”, analisa o empresário.

Empresa tem certificação ambiental

Os cuidados com o meio ambiente são uma constante na Perfuribel, que é certificada há três anos em ‘Gestão Sócio Ambiental Responsável’ pelo Instituto Chico Mendes. A instituição avalia todos as áreas e processos da empresa. “Temos um grande cuidado, que envolve desde os óleos utilizados nos equipamentos de perfuração e veículos e inclui até os brindes que doamos aos clientes e à comunidade. Tudo que a empresa faz é pensando em responsabilidade ambiental”, relata a gerente administrativa Isadora Venturini Fruet Consorte.

Outra área que a Perfuribel faz questão de incentivar é a esportiva. A empresa dedica recursos de patrocínio sobretudo a escolinhas de futebol e a competições locais e regionais. Recentemente passou a investir também no atletismo, por entender a importância das práticas esportivas para o desenvolvimento da comunidade.

Agilidade para atender e cuidado ambiental

Cláudio Lubian informa que entre os diferenciais da sua empresa estão dois pontos principais: qualidade e cuidado com o meio ambiente na perfuração do poço e o compromisso em atender rapidamente as necessidades dos seus clientes. “Hoje perfurar é muito rápido, se começar de manhã, à tarde tá pronto, tem água. Mas não é só perfurar. Tem que fazer do jeito certo, usar também equipamentos de qualidade, pro cliente não ter problema em curto espaço de tempo e ter estrutura para prestar assistência rapidamente”.

Uma UPA da água

Cláudio Lubian diz que poucas empresas do ramo têm a estrutura de equipamentos e o estoque de reposição que a Perfuribel possui. “Somos uma espécie de UPA da água, temos que atender com urgência. Quando para uma bomba, a pessoa se desespera, porque é a única fonte de água que ela tem na propriedade. Então temos que atender na hora. E a gente tem equipamentos que permitem, em questão de uma hora ou duas, que o cliente tenha água de volta.”

Planeta rocha

Sobre os cuidados ambientais, o empresário explica que é preciso proteger a terra na área ao redor do poço para evitar contaminações. “Estamos no planeta Terra? Não, estamos no planeta rocha. Temos uma camada de terra de 5 a 10 metros de terra, daí pra baixo é rocha. Então temos que revestir a terra pra não contaminar, não entrar coliformes fecais e totais no poço e assim pegar só água natural lá de baixo, da rocha. Nosso compromisso não é só fazer poço, mas fornecer água de qualidade, com respeito ao meio ambiente e ao nosso cliente”, pontua.

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