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Francisco Beltrão
segunda-feira, 02 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Primeiras detonações do túnel exigirão “evacuação controlada” de moradores

Explosões maiores serão realizadas somente na fase inicial da obra; empresa de vistoria e órgãos de segurança estão visitando as casas próximas.

Local de desemboque do túnel, no Conjunto Esperança, está sendo preparado para as primeiras detonações. Haverá a remoção organizada dos moradores durante as explosões.

Foto: Gelson Corazza/Prefeitura de Beltrão

Dentro de 15 a 20 dias, deve iniciar a primeira fase de detonações para construção do túnel ligando o Parque de Exposições ao Rio Marrecas, nos fundos do Conjunto Esperança. A obra faz parte do projeto de contenção de cheias — nesta primeira etapa, serão investidos R$ 30 milhões — e vai exigir procedimentos inéditos e complexos.

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Nesta semana, por exemplo, iniciaram as vistorias em residências próximas de onde será escavado o túnel. Esse tipo de iniciativa visa verificar a situação das casas e comércios de forma detalhada, para identificar eventuais danos nos imóveis após as detonações. “As vistorias estão sendo feitas por uma empresa especializada e vão dar uma garantia tanto para a construtora quanto para os moradores.

Porém, as detonações acontecerão de forma muito segura e organizada; há especialistas de referência nacional trabalhando neste projeto e na sua execução”, explica o vice-prefeito Antonio Pedron.

Agora, a Siton do Brasil, empresa que executa a obra, está realizando serviços de preparação das áreas onde serão realizadas as primeiras detonações. Segundo Pedron, uma força-tarefa envolvendo órgãos de segurança está sendo montada para garantir a integridade dos moradores, que serão comunicados das detonações e evacuados de forma controlada. Será disponibilizado transporte para uma espécie de abrigo central, onde haverá atividades para as crianças e lanches. O afastamento de casa, no entanto, deve durar cerca de uma hora e meia, prevê Pedron, e as explosões serão feitas com abafamento, para minimizar os impactos.

Pedron: projeto e execução da obra.

 

Pequenas explosões
As detonações maiores serão realizadas somente na fase inicial da obra, para se chegar até o nível ideal do canal em suas extremidades. Depois, máquinas específicas farão várias perfurações na rocha, onde serão colocados explosivos de menor intensidade. Após a fragmentação da pedra, todo o material será transportado por máquinas e caminhões, num trabalho que vai acontecer nos dois sentidos — começam pelas extremidades até se encontrar no meio do túnel.

“Estamos trabalhando há anos nesse projeto, prevendo inclusive todo o impacto que ele terá para a sociedade durante sua execução, mas tentando minimizar os transtornos e garantindo a segurança da população”, comenta Pedron. Segundo ele, as obras também contemplam o aprofundamento do Córrego Urutago, próximo ao Batalhão da PM. O espaço onde foi montado o canteiro de obras no parque (onde antes ficava a arena de rodeio) não será utilizado para a Expobel.

Mais de 1 km de extensão
A área de vazão do túnel terá 37 m2 (espaço suficiente para o trabalho com caminhões e máquinas em seu interior) e a extensão será de 1.108 metros. O acionamento do canal será feito por uma espécie de comporta, que dará vazão à água através do túnel quando o Rio Marrecas atingir determinado nível.

 Do Rio Marrecas até o parque, será feito o aprofundamento do Urutago; dali em diante, a água seguirá por um canal de aproximação e pelo túnel até cair de novo no Marrecas.

 

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