13.7 C
Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Primeiro crematório do Sudoeste será inaugurado neste mês

A data não foi confirmada, pois os documentos ainda não chegaram. Porém, o proprietário Milton Inocêncio garante que está tudo certo e o empreendimento vai começar a funcionar ainda em janeiro.

 

Falta definir o dia, mas ainda neste mês de janeiro será inaugurado, em Beltrão, o primeiro crematório do Sudoeste.

O Crematório Jardim das Oliveiras, localizado na PR-483, saída para Cascavel, está na iminência de ser inaugurado. O sócio-­proprietário Milton Inocêncio, da Unifas Serviços Funerários, está otimista e afirma que ainda este mês deverá ser realizada a primeira cremação do Sudoeste. Isso porque o empreendimento é inédito para a região e está pronto, faltando apenas alguns detalhes para a finalização do crematório. Serão 1.300 metros quadrados de construção, com 80 vagas de estacionamento.

De acordo com o empresário, o investimento no Sudoeste se deu pela necessidade. “O crematório mais próximo era muito longe, por isso, resolvemos encurtar a distância para atender os pedidos dos entes queridos, que tinham o desejo de serem cremados”, afirma Milton.

- Publicidade -

A construção do Crematório Jardim das Oliveiras é o quarto no Paraná – os outros são em Curitiba, Pinhais e Londrina -, mas o de Francisco Beltrão é o mais moderno e mais estruturado do Estado, principalmente em se tratando do forno, que aquece em cinco minutos. Outro ponto a favor é a questão da poluição, que, de acordo com as autoridades competentes, laudos e autorizações, emite “quase nada” de dejetos ao meio ambiente, sendo, inclusive, ambientalmente falando, mais eficiente do que o modo tradicional.

Sala de cerimonial e despedida do ente querido, antes da cremação. Possui telão, espaço para liturgia e para pastores, padres ou ministros. Climatizado e sonorizado, com possibilidade de chuva de pétalas de rosas.

 

Estrutura

O espaço é amplo, bem arejado e confortável para quem frequentar o crematório. A área de circulação é equipada com praça de alimentação, copa, bancos para descanso e banheiros masculinos e femininos com acessibilidade. A luta pela implantação deste empreendimento já perdura quatro anos, mas agora está praticamente tudo certo para dar início à cremação de corpos. “Temos uma demanda com mais de 200 pessoas de toda a região que já estão procurando informações e reservando espaços, até para transformar em cinzas os corpos que estão nas sepulturas do cemitério”, comenta Milton.

Milton mostrando o triturador, que transforma
os restos mortais em cinzas. 

Para atendimento ao público, o local permite até três velórios simultâneos, com salas interligadas, caso seja de interesse dos familiares, e ainda ambientes de repouso e banheiros privados em cada uma das capelas que velam os corpos.

Outro ambiente é a capela ecumênica, disponível para cultos, missas ou homenagens e que ficará aberta durante todo o dia. Já a sala Memorial é destinada para depósito das cinzas, com 55 espaços para em torno de dez vasos em cada uma das “janelas”. A pessoa pode armazenar as cinzas no crematório através da locação desta janela, que custa aproximadamente um salário mínimo por ano.

Para finalizar a estrutura, a sala Cerimonial, que antecede a cremação e é o momento das últimas homenagens ou despedida, é equipada com retroprojetor, telão, espaço para pastores, padres ou ministros e, ainda, para a equipe de liturgia, com todo o sistema de som e iluminação que condiz com o momento de emoção.

Após todo o protocolo, se a família contratar o serviço, pode cair uma chuva de rosas sobre o corpo no caixão. Depois, as cortinas que são automatizadas se fecham e tem início o processo de cremação propriamente dito.

Se a documentação estiver toda liberada, com laudos dos médicos do IML, o corpo é cremado, com tempo máximo de uma hora e 40 minutos. Se o morto for vítima de homicídio ou tiver pendência judicial, o corpo é alocado numa câmera fria até que possa ser feita a cremação. O forno é aquecido em duas câmaras diferentes – cada uma vai até a temperatura de 850 graus, para o corpo ser colocado no forno, onde no final do processo a temperatura pode chegar a 1.200 graus Celsius.  

Depois da cremação, os restos são colocados num triturador e em questão de minutos se transformam em cinzas. O processo de cremação custa a partir de R$ 3.500,00, dependendo dos serviços que serão contratados.

Uma das três capelas disponíveis para velório. 

 

Não é só crematório

O espaço está liberado para a realização de funerais, independente de ser ou não cliente Unifas. Entretanto, o associado Unifas garante o funeral tradicional no Crematório Jardim das Oliveiras. Porém, o usuário tem a opção de fazer um plano adicional de cremação, cujo pagamento pode ser parcelado. “Aderindo ao plano, a pessoa, quando morrer, não vai deixar a família preocupada em como vai fazer para pagar o funeral, sendo uma ajuda para os familiares. Além disso, nós agilizamos a documentação com antecedência para garantir a cremação. Outro detalhe é que apenas o ascendente direto pode autorizar a cremação do corpo do ente querido, ou seja, filhos podem decidir a cremação dos pais, e vice-versa”, orienta Milton Inocêncio.

 

Respaldo regional

Quando foi anunciado o crematório para a região, houve resistência e rejeições em Francisco Beltrão. Mas, hoje, o respaldo da comunidade é positivo. Tanto que o empresário não vê a hora de iniciar os trabalhos, tamanha é a procura de pessoas de todo o Sudoeste. “As pessoas estão nos procurando, reservando espaços, buscando informações e acreditando na ideia, pois percebem que o valor de cremação é acessível a todos, além da grande estrutura que colocamos à disposição das famílias”, ressalta Milton, que está no ramo de funerária há mais de 40 anos.

Espaço Memorial, onde ficam armazenadas as cinzas das pessoas que foram cremadas. 

 

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques