Por Leandro Czerniaski – Ao longo de seus 52 anos, o principal concurso de beleza de Francisco Beltrão já coroou mais de 30 mulheres. O evento sofreu algumas interrupções, mas sempre foi uma referência por traduzir a essência das beltronenses e alçar candidatas competitivas para disputar o Miss Paraná e até o Miss Brasil. Amanhã acontece mais uma edição do evento – que agora está oficializado à franquia Miss Universo –, e para resgatar um pouco da história, o Jornal de Beltrão foi em busca de algumas vencedoras do Miss para contar um pouco da trajetória profissional e familiar após o concurso.
Rejaneci Gazalle – Foi a primeira Miss Francisco Beltrão, eleita em 1971. Cursou Economia Doméstica na Facibel e Educação Artística na UFPR, em Curitiba. Lecionou em escolas de Beltrão e da capital, casou com o médico Guajará Gazalle (falecido) e foi morar em Dois Vizinhos. Lá, colaborou no clube de mães, ajudou a fundar a Casa da Arte e Artesanato e criou o Atelier Leonardo Da Vinci.
Margarete Camargo – A Miss Beltrão 1974 fez história em Pato Branco. Foi a primeira mulher com programa de rádio diário, pela Celinauta. Foram 20 anos de rádio e depois na emissora de televisão do grupo (TV Sudoeste), onde até hoje atua, apresentando o programa TV Total. Também foi proprietária da loja Intermezzo. Casou, teve filhos e foi a miss com “reinado” mais longo: de 74 a 90.
Franciele Schmitz – No mesmo ano em que foi eleita miss – 2000 – Franciele passou no vestibular e foi estudar Psicologia em Florianópolis. Depois, retornou a Beltrão e em 2016 foi eleita vereadora como maior número de votos daquela eleição (1.783). Há quatro anos reside em Blumenau (SC), onde atua como psicóloga. “Poder conciliar a imagem de mulher bonita e inteligente abre muitas portas e sou muito grata por tudo isso”, diz.
Amanda Albanez – Eleita em 2016, Amanda Albanez é arquiteta, mas possui afinidade com as áreas do design e as artes. Ela atua em projetos residenciais e comerciais e com design de coroas – inclusive já confeccionou o acessório para uma das edições do Miss Beltrão. Com o tempo, descobriu a paixão pelas artes plásticas, produzindo quadros, esculturas e objetos que se integram aos projetos arquitetônicos. É casada com o médico Gustavo Vicenzi.
Nádia Bonatto – Quando ganhou o Miss Beltrão, em 1990, Nádia trabalhava no Bradesco e cursava Ciências Econômicas na Facibel. Depois, casou e foi morar em Curitiba, onde cursou Administração, trabalhou em banco e cooperativa de crédito e foi sócia de comércio alimentício. Também cursou chef de cuisine. Teve três filhos e desde 2017 está de volta a Beltrão, onde é secretária de Assistência Social.
Maria Joana Parizotto – Miss Beltrão 95, Miss Brasil e Miss Nuestra Belleza Internacional 96, Maria Joana foi viver no exterior logo após os concursos. Estudou Fashion Business em Milão e trabalhou com moda – inclusive para marcas como Versace. É proprietária das lojas Vintage (uma em Torino, outra na Liguria), é casada e tem duas filhas, de 18 e 22 anos. Se diz apaixonada por um estilo de vida saudável, yoga, natureza e os animais.
Edinara Sari – Em 2009, Edinara foi eleita miss e se formou em Direito. Depois, até participou como jurada de alguns concursos de beleza, mas passou a se dedicar exclusivamente à carreira. Ela é advogada há 14 anos e tem escritórios em Beltrão e Eneas Marques. Em 2012 casou com Ricardo Possatto e dois anos depois deu à luz ao filho, Benício. “Uma miss não é só beleza estética, existe um papel social e isso é encantador”, avalia.
Fernanda Schirr – Foi a segunda representante de Beltrão eleita Miss Paraná, em 2000. Depois dos concursos, estudou Relações Internacionais e Medicina. Morou em Curitiba, Budapeste (Hungria) e Florianópolis. Em 2019 voltou a residir em Beltrão, onde atua com medicina da família e perícia médica. É mãe da Nicole, de sete anos.