Informações nutricionais são obrigatórias nos rótulos dos alimentos e bebidas embaladas.

Produtores rurais do Sudoeste que comercializam seus produtos embalados, sejam eles de origem animal, vegetal ou panificados, podem encontrar na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Francisco Beltrão, um serviço gratuito em rotulagem de alimentos.
Obrigatoriedade para produtos fabricados por agroindústrias, os quais devem conter no rótulo informações como valor energético, carboidratos, proteínas, gorduras totais, sódio entre outras, a rotulagem é oferecida pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Segurança Alimentar (Gepsa), ligado aos cursos de Economia Doméstica e Nutrição.
O serviço consiste na elaboração dos cálculos nutricionais para rotulagem dos alimentos, além de possibilitar a revisão de suas formulações e proporcionar escolhas alimentares saudáveis a partir das informações contidas nos rótulos dos alimentos.
“Contribui para a melhoria da qualidade dos alimentos fornecidos aos consumidores, orienta o setor produtivo quanto às informações relevantes para a elaboração da rotulagem nutricional e colabora para a qualificação dos acadêmicos da Unioeste”, afirma a professora e coordenadora especial do curso de Nutrição, Ana Paula Vieira.
O uso das informações nutricionais obrigatórias nos rótulos dos alimentos e bebidas embaladas está regulamentado no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) através das resoluções RDC 359 e 360, de 23 de dezembro de 2003. A rotulagem nutricional de alimentos e bebidas é condição legal à comercialização de produtos embalados, na ausência do consumidor e objetiva principalmente à saúde da população, dando-lhe o direito à informação referente ao consumo de alimentos e seus nutrientes.
“É mais uma das estratégias do Ministério da Saúde que tem o objetivo de reduzir os índices de sobrepeso, obesidade e doenças crônicas degenerativas associadas aos hábitos alimentares da população brasileira, proporcionando escolhas alimentares saudáveis a partir das informações contidas nos rótulos dos alimentos”, frisa a professora Ana Paula.
Ética na rotulagem
O trabalho de rotulagem existe desde 2001, contudo, com exigências legais cada vez mais específicas, torna-se ainda mais útil aos agricultores. Coordenadora do Gepsa, a professora de microbiologia Kerley Casaril aproveita para desfazer o medo que alguns produtores possuem de terem suas receitas “roubadas”.
“Muita gente tem medo, mas há uma questão ética que envolve o trabalho. Já trabalhamos com receitas nossas para melhorar um produto, nunca o contrário”, enfatizou, ressaltando ainda a importância do preenchimento correto e detalhado do formulário de rotulagem nutricional.
Fazem parte também do Gepsa as professoras Rose Silochi, Rosângela Villwock, Lirane de Almeida, Franciele Follador e Gisele Paris, além do aluno bolsista Vinicius Urbanowiski Ramos. Os interessados podem entrar em contato pelos telefones (46) 3520-4852 ou 3520-4887, e também através do e-mail gepsa.rotulagem@hotmail.com.
