A justiça dos homens em qualquer país deste mundo, por melhor que seja elaborada, jamais cumprirá sua verdade função, quando as pessoas que devem ser julgadas, forem amigas daquelas que precisam processá-las, mormente, se tiverem algum grau de parentesco.
Afora essa especial particularidade, existe também o fator de cunho político (das relações humanas), no qual entram em jogo, interesses pessoais e econômicos. Quando isso ocorre, os processos são engavetados durante anos. Não havendo outra forma de atrasar os autos, recorrem-se às filigranas jurídicas.
A imparcialidade no Direito praticado pelos homens é bastante rara. Para que ela prevalecesse sempre, seria necessário que se colocasse no poder Judiciário, pessoas que jamais pudessem ser atingidas por quaisquer atos de recriminação, seja na vida pública ou na vida privada.
Isso é praticamente impossível, haja vista, que as criaturas humanas são e vivem suas existências quase repletas de erros, equívocos, falhas mentais e tentam resolvê-las por meio de suas leis, procurando sempre melhorar o sistema. Parece-nos que a vida ainda não as ensinou que este sistema há séculos está viciado.
Na verdade, não são as leis que precisam ser perfeitas, porque se não forem cumpridas, esta perfeição de nada valerá; mas quem deve se aprimorar, na ética e na moral, são os humanos, pois sempre farão justiça mesmo na ausência de leis.