Educação
Entidades do Estado do Paraná emitiram uma nota conjunta, ontem, 15, pedindo que autoridades reavaliem a aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcadas para os dias 17 e 24 de janeiro, em todo o Estado do Paraná.
O pedido vem diante do agravo da pandemia e a alta ocupação de leitos – que na quinta-feira, dia 14, estava em 81% – e segue a decisão da Justiça Federal de São Paulo, que deu autonomia a cada cidade decidir se fará ou não a prova – ainda não há respaldo do O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) sobre a reaplicação do exame nesses casos.
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Segundo a nota, assinada pelo Ministério Público do Paraná, por intermédio da Promotoria de Justiça de Proteção à Saúde Pública de Curitiba, o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, a Defensoria Pública da União e a Defensoria Pública do Paraná, por meio do Núcleo da Cidadania e Direitos Humanos, as autoridades devem rever a aplicação do exame “visando evitar aglomerações e a consequente disseminação do Coronavírus (Covid-19) entre os candidatos, os envolvidos na aplicação da prova, os familiares das citadas pessoas e, por fim, toda a coletividade”.
Ela leva em consideração que os leitos de enfermaria disponíveis no Estado podem vir a ser ocupados por pacientes de outros estados da Federação que já estão em situação de ocupação total, como é o caso do Amazonas, e que o Enem, apesar de não ser obrigatório, é requisito para a posterior inscrição no SiSU e para a participação no Prouni, “uma das principais portas de acesso da população de baixa renda ao ensino superior”.