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Francisco Beltrão
segunda-feira, 02 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

No Paraná, mais da metade dos inscritos no Enem não fizeram a prova

Abstenção total foi de 52,2%; índice supera o nacional.

Mais da metade dos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Paraná não compareceram ao primeiro dia de prova, domingo, 17, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A taxa de abstenção no Estado também superou a nacional, com 52,2% de faltantes, enquanto no Brasil o índice foi de 51,5%. Covid-19, isolamento e problemas com ensalamento impediram participação.

Segundo os dados, no Paraná, as provas aconteceram em 468 locais de 89 municípios – um total de 8.436 salas. Dos mais de 233 mil inscritos no Estado, 111.578 realizaram o Exame, enquanto 121.637 não compareceram.

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Em todo o Brasil, não participaram 2,8 milhões de candidatos, um índice de 51,5%. Neste número, está incluído os candidatos do Estado do Amazonas, que cancelou a realização do Exame devido ao agravamento da pandemia, e as cidades de Espigão D’Oeste e Rolim de Moura, no Estado de Rondônia, pelo mesmo motivo. De acordo com o Inep, outros 10.171 inscritos apresentaram alguma doença infeciosa, por isso se abstiveram, 2.967 foram eliminados, por não cumprirem algum requisito previsto no Edital do Exame, e 69 participantes declararam outros problemas.

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Impedidos
Mas além da Covid-19, a má logística na organização dos espaços de aplicação do Exame impediu que alunos realizassem as provas. Em Pato Branco, parte dos candidatos não puderam entrar no prédio do Centro Universitário de Pato Branco (Unidep) devido à sobrecarga das salas. Isso porque, antes das provas, o Inep divulgou um protocolo de segurança em que limitava em até 50% a capacidade das salas, a fim de manter o distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os candidatos.

O Inep, porém, não explicou o porquê do número de salas não ser compatível com o número de candidatos. Já a Unidep disse, em nota, que a organização e logística era “de responsabilidade da Fundação Cesgranrio – contratada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão federal vinculado ao Ministério da Educação (MEC), para a aplicação do Exame na região Sul do Brasil”, e que acatou os procedimentos adotados pela empresa para a diminuição de candidatos em sala.

“Dessa forma, o Unidep reitera que não atua junto à organização e logística de aplicação do Exame, agindo tão somente em mais uma ação de prestação de serviços à sociedade ao ceder suas instalações para que os candidatos usufruam de todo o conforto oferecido à comunidade acadêmica da IES”, diz trecho.

Em Francisco Beltrão não foram registrados problemas dessa natureza.

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Reaplicação
Em coletiva de imprensa, no domingo, 17, o presidente do Inep, Alexandre Lopes, disse que esses candidatos que foram afetados poderão realizar o Exame, em fevereiro. Para isso é preciso solicitar até o dia 29 de janeiro a reaplicação da prova, pela Página do Participante do Enem. Pessoas com Covid-19 devem apresentar cópia dos exames.

A nova prova está agendada para os dias 23 e 24 de fevereiro, mesma data em que pessoas privadas de liberdade e pessoas que tiveram Covid-19 nessa primeira etapa, farão.

Apesar do índice de abstenção histórico, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse no domingo que aplicação foi vitoriosa. “Fico satisfeito com o que fizemos no meio de uma pandemia”, disse, “[Quero] qualificar o Enem no meio de uma pandemia como algo vitorioso para não atrasar mais a vida de milhões de estudantes”.

 

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