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segunda-feira, 02 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Diego César no Fortaleza: profissional a serviço de uma paixão

Patrimônio vivo do Ampere, o pivô de 32 acertou com o Tricolor de Aço até o fim do ano, mas não descarta retornar para a Raposa em 2022

Diego César: raros são os atletas que experimentam a felicidade de atuar pelo clube do coração. Foto: Carlos Roosewelt/Fortaleza EC

 

Poucos dias são suficientes para virar uma vida de avesso. Assim ocorreu, para o bem, do pivô Diego César. Com 32 anos e após cumprir a missão de manter o Ampere por mais um ano na elite do futsal paranaense, ele imaginava ter encerrado os trabalhos da temporada. Mas em uma semana recebeu uma proposta do Fortaleza – um dos mais conceituados clubes do futebol, tradicional também nas quadras, além de ser o que toca ao coração do jogador. 

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Diego desembarcou no Ceará na semana passada, para a segunda passagem pelo Tricolor. O dever é o campeonato estadual. A estreia não foi inspiradora: derrota de 8×3 no clássico contra o Ceará. Ainda assim, ele comemora a oportunidade. 

 

Ampere: “jamais é um adeus”

A proposta para atuar no Tricolor de Aço veio através do técnico Francisco Alves, com o qual trabalhou no início da carreira. O vínculo vai até o fim do Campeonato Cearense, em dezembro. Depois, ele não descarta retornar para o Ampere, pelo qual já jogou sete temporadas. “Sempre sai deixando as portas abertas. Jamais é um adeus.” Ele revela, inclusive, que conversou com o presidente Rodrigo Machado sobre a possibilidade de mais um regresso. 

 

Me inveje, Jucá

Diego é amigo de outro torcedor do Leão e ex-jogador da Raposa: Marcelo Jucá. Mas enquanto este torce solitário, aquele ganha a chance de apoiar do Castelão um dos melhores plantéis da história do futebol do Fortaleza, que luta para ser o primeiro nordestino a se classificar pelos pontos corridos à Libertadores. “ Ainda não fui ver nenhum jogo, mas irei me programar.” 

 

Reconhecendo o rival

O Ceará, rival do Fortaleza em qualquer lugar, é o nordestino que vive o melhor momento no futsal. Foi vice e campeão das duas últimas edições da Copa do Brasil, respectivamente, e está cotado para a próxima Liga Nacional. Diego reconhece o sucesso do Vovô. “Sou coerente. Temos muito a ganhar com isso. O Fortaleza também busca o seu espaço. Espero que se engajem na crescente do rival.”

 

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Currículo

Formado na base do BMV, da capital cearense, Diego se transferiu ainda antes do profissionalismo para o Sumov e depois para o Crateús, no interior. A primeira experiência no Sul foi na Ucs (RS), em 2007. Como não se adaptou à região, voltou para o Nordeste. No ano seguinte, consciente do que enfrentaria, voltou ao Rio Grande do Sul para atuar na Ulbra. Na época, a equipe mantinha uma parceria com o Suzano (SP), o que lhe oportunizou que César, ainda no sub-20, disputasse o Paulistão adulto. Em 2009, último ano como juvenil, foi para o Minas Tênis (MG). 

Na temporada seguinte, retorna para a terra-natal e atua, como profissional, por Fortaleza e Sumov. A primeira vez no Paraná não poderia ser noutra equipe senão no Ampere, em 2012. Permaneceu na Raposa por três anos e ajudou a alcançar um feito até hoje imbatível no estado: campeão invicto de uma divisão, no caso a Série Prata, em 2013. 

No Marreco, ganhou a oportunidade e a amizade de Nelsinho Bavier, mas não ficou em Beltrão por mais de um trimestre. Retornou para Ampere. Jogou no ano seguinte pelo Dois Vizinhos e no outro de novo pela Raposa. Foi artilheiro de mais um título da segundona paranaense do clube. 

O vice-campeonato mundial de futsal amf, em 2019, trouxe para si as atenções do exterior, o que lhe rendeu duas temporadas na Tailândia – contando com o título da Liga 1. Da Ásia voltou para Ampere neste ano. 

Diego em ação diante do Ceará, em sua estreia pelo Fortaleza. Foto: Carlos Roosewelt/Fortaleza EC

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