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Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Estressaram o Sarará, Destaque Esportes 2019

Devido a uma denúncia, ele pensou que não poderia mais fazer suas corridas e caminhadas.

Sarará, 76 anos: “Continue livre, leve e solto com suas caminha-das e corridas”. E conquistando mais medalhas.

Luiz Carlos de Oliveira Mendes, o Sarará, de 76 anos, foi premiado como Destaque 2019 no setor de esporte, na promoção do Jornal de Beltrão que conta com o apoio da Acefb e a CDL. Além de ser um recordista de medalhas (a maioria de ouro) conquistadas em competições nacionais, ele é um grande incentivador de pessoas que querem fazer caminhadas ou corridas pelas ruas da cidade. Tem turmas de manhã e à tarde, após o expediente comercial.

Há alguns dias, Sarará foi informado que chegou ao Conselho Regional de Educação Física (Cref) uma denúncia: ele estaria atuando ilegalmente, tomando lugar de profissionais habilitados. Sarará parou de correr e quase adoeceu. Que corporativismo seria esse? Uma orientação que recebeu de amigos foi buscar documentos para provar que ele já atuava no setor antes de 1998 e, assim, poderia pleitear um registro profissional.

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Seu sofrimento, porém, foi em vão. Não há irregularidades no que Sarará faz. Quem lhe disse isso foi o conselheiro do Cref e professor Jairo Oliveira, de Salto do Lontra, após verificar que se tratava apenas de uma denúncia oral e que nem chegou a ser documentada.

Conforme a denúncia, Sarará estaria tomando o lugar de outros profissionais ao ministrar aulas de Educação Física e preparação de atletas para competições, o que causou espanto no veterano atleta: “Eu só faço corridas e caminhadas, se alguém quer se preparar como atleta, eu mando procurar nutricionista, gente especializada, eu só participo dos grupos de corridas e caminhadas”.

Segundo o conselheiro Jairo Oliveira, o que um profissional não habilitado não pode fazer é prescrever atividades físicas, fazer planilhas ou organizar corridas com premiação, que é permitido somente para entidades, mas o que Sarará está fazendo não é ilegal. “O Sarará tem a prática, tem a vivência, ele corre o Brasil todo, não tem nada que se preocupar, deve continuar livre, leve e solto fazendo suas caminhadas e corridas”, diz o conselheiro.

Um questionamento apresentado na denúncia seria sobre orientações para alongamento, o popular “aquecimento” que é recomendado para toda atividade física, seja caminhada ou corrida, assim como competições esportivas. É o que acontece com qualquer grupo de pessoas que fazem isso: na hora do aquecimento, cada um faz o que sabe. E quem tem o privilégio de estar num grupo do Sarará, pode copiar, ou não, o alongamento feito por um atleta campeão e que, aos 76 anos, é um exemplo a ser seguido.

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