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Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Se o Beltrão FC subir, Tuta diz que permanece no ano que vem

 

O presidente do Beltrão FC, Antônio Jacir Gonçalves da Silva, o
Kinkas, ao lado do atacante Tuta, em entrevista à rádio Onda
Sul FM, no programa Placar 98.

 

Sempre muito simples e atencioso, o atacante Tuta segue sendo uma atração nas ruas da cidade de Francisco Beltrão. É muito comum o experiente jogador de 40 anos parar em um lugar público e dar autógrafos para torcedores de clubes que ele vestiu a camisa, como Grêmio, Palmeiras, Atlético-PR e Coritiba.

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O Beltrão FC é o 25º clube da carreira de Tuta. Ele começou profissionalmente em 1994, no Araçatuba, disputando a segunda divisão do Campeonato Paulista. Quando atuava no Palmeiras, em 2001, o técnico da Seleção Brasileira era Emerson Leão. Tuta vivia uma ótima fase. Só não vestiu a camisa amarelinha porque se machucou dias antes da convocação. Washington, que na época jogava na Ponte Preta, foi chamado em seu lugar.

Mesmo assim, Tuta teve uma carreira vitoriosa, tendo passagem também pelo futebol coreano e pelo italiano. Agora veio atender a um pedido do amigo Paulo Miranda, técnico do Beltrão FC. Os dois se conheceram em 1998, quando jogavam no Atlético-PR, e mantiveram um vínculo muito forte de amizade. Tuta estava há três meses sem jogar desde que saiu do Flamengo do Piauí. Lá ele marcou 8 gols em 14 jogos pelo estadual. 

“Eu já tinha parado de jogar futebol, estava apenas jogando uma peladinha, correndo pra lá e pra cá. Senti um pouco da falta de ritmo na minha estreia no Beltrão FC, mas acho que vai melhorar”, comenta o jogador, que não conseguiu evitar a derrota por 4 a 0, domingo passado, em Cornélio Procópio, contra o PSTC. Hoje ele entra em campo contra o Apucarana, fora de casa, às 15h30. 

Se o Beltrão FC conseguir o acesso para a primeira divisão, Tuta garante que permanece na equipe no ano que vem. “Se subir, eu fico. Senão, vou seguir a minha vida. Eu já havia começado a minha carreira como empresário, quero dar continuidade”, afirma.

Segundo o camisa nove, Francisco Beltrão tem tudo para manter uma equipe na primeira divisão. “A gente vê que é uma cidade boa, com torcedores que gostam de futebol. Tem tudo para estar na elite, é só uma questão de se organizar. Quero ajudar da melhor forma possível, tomara que dê certo”, acrescenta.

Boa forma
Mesmo com 40 anos, Tuta está em forma fisicamente. Ele diz que sempre gostou de cuidar do corpo para se manter em atividade. “Não é fácil se manter jogando aos 40 anos. Mas eu sempre procurei me alimentar bem, dormir bem, treinar bastante. Isso ajuda quando a gente está em campo”, recomenda.

Tuta diz que procura passar conselhos para os atletas mais jovens. “Quando comecei no Araçatuba, o Neto me deu muitas dicas, que me ajudaram muito na carreira. Quero fazer o mesmo com os mais jovens. É sempre muito bom compartilhar a experiência.”

Gol inusitado
Quando jogava no Venezia, da Itália, Tuta protagonizou uma situação inusitada no futebol. Sua equipe estava empatando em 1 a 1 com o Bari e Tuta marcou o gol da vitória aos 45 do segundo tempo. Entretanto, seus companheiros não comemoraram o gol, levantando suspeitas em relação ao resultado. O jogador não se esquiva de falar sobre o episódio, mas diz que até hoje não entendeu o que aconteceu. “Acho que a sua bateria vai acabar, pois é uma história muito longa”, disse Tuta, entre risos, à reportagem do JdeB.

“Tínhamos três jogos em casa. O presidente havia oferecido uma premiação se a gente vencesse os três jogos. Eu estava com amigdalite nos dois primeiros, sobrou somente o último. Começou o jogo e fizemos 1 a 0. Eles empataram no segundo tempo. O Bilica tava no banco comigo e eu pedi a ele o que estava acontecendo. Quando faltavam 15 minutos, o treinador me chamou. Aos 45 eu fiz o gol. O capitão do time adversário veio reclamar comigo, não entendi nada. Ao sair do jogo, no túnel, foi um empurra-empurra, uma confusão. Até hoje não entendi o que aconteceu”, recorda-se.

Melhor fase na carreira
Tuta cita algumas temporadas em especial entre as melhores de sua carreira. Quando estava no Grêmio, em 2007, foi campeão gaúcho e ainda chegou na final da Libertadores, perdendo apenas para o Boca, da Argentina. “Eu estava numa fase muito boa, pena que não conseguimos o título”, diz. No Fluminense, em 2005, foi campeão carioca. “Cheguei a marcar mais de 50 gols nos mais de 100 jogos que atuei pelo Fluminense. Foi uma fase muito boa da minha carreira.”

Tuta foi duas vezes campeão paranaense, uma pelo Atlético, em 1998, e outra pelo Coritiba, em 2004. “Gostei muito da minha passagem pelo futebol paranaense, tivemos times muito bons por aqui. Tenho até hoje grandes amigos em Curitiba por causa disso.”

 

Clubes de Tuta
Ano Clube
1994 Araçatuba (SP)
1995 Quinze de Piracicaba (SP)
1996 Araçatuva (SP)
1996 Juventude (RS)
1997-1998 Portuguesa (SP)
1998 Atlético (PR)
1999 Venezia (ITA)
1999 Vitória (BA)
2000 Flamengo (RJ)
2001 Palmeiras (SP)
2002 Flamengo (RJ)
2002 Anayang LG (COR)
2002 Coritiba (PR)
2003-2004 Suwon (COR)
2005-2007 Fluminense (RJ)
2007 Grêmio (RS)
2008 Figueirense (RJ)
2008-2009 São Caetano (SP)
2009 Náutico (PE)
2010-2011 Resende (RJ)
2011 Brasiliense (DF)
2012 União Barbarense (SP)
2013 Inter de Santa Maria (RS)
2013 Juventus (SP)
2013 Barra da Tijuca (RJ)
2014 Flamengo (PI)
2014 Beltrão FC (PR)

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