JdeB – Prestes a completar 60 anos, a diretoria da Ajub (Associação da Juventude Unida Beltronense) apresentou propostas para a venda de parte do imóvel e até mesmo a possibilidade de incorporação por outro clube. De acordo com Anizio Cezar Pereira, presidente da Ajub, a falta de sócios é o principal fator que inviabiliza a continuidade do clube.
A assembleia que deliberou sobre a decisão de venda ou incorporação foi realizada em 15 de março. O presidente da associação diz que os sócios presentes aprovaram todas as propostas elencadas no edital de convocação.
“Serão colocados 100 títulos à venda. O valor ainda será decidido. A venda de parte do imóvel foi aprovada, ficando a critério da diretoria definir qual parte será vendida. Também existe a possibilidade de a Ajub ser incorporada por outro clube, e o interesse nessa parceria já foi comunicado”, diz Cezar.
Atualmente, a Ajub conta com 44 sócios. O presidente afirma que ainda não há um prazo definido, mas a diretoria deverá dar andamento imediato às propostas aprovadas na assembleia. Cezar enfatiza que a Ajub não tem dívidas e é o maior clube do Paraná em extensão territorial.
A história do clube social mais antigo de Beltrão em atividade
A Ajub foi fundada em 13 de agosto de 1965 por um grupo de 13 amigos. Sua sede, por 40 anos, ficou localizada na Rua Antônio Carneiro Neto, no Bairro Nossa Senhora Aparecida. O espaço, com 13 mil metros quadrados, contava com um bosque, três piscinas, sede social, sauna, cancha de bocha, piscina térmica e quadra de esportes.
Há cerca de 15 anos, a diretoria do clube vendeu o imóvel na cidade e adquiriu uma área rural na Linha Santa Bárbara, próximo à Bica D’água. O novo espaço, com 181 mil metros quadrados, possui um parque aquático com sete piscinas, bosque com quatro alqueires de mata nativa, parque infantil coberto, três campos de futebol suíço, uma lanchonete de 200 m² e outra de 1.000 m², além de quiosques com churrasqueiras.
O presidente, sócio do clube desde os anos 1980 e diversas vezes presidente e tesoureiro da Ajub, diz que gostaria que o clube continuasse, mas concorda com as decisões tomadas na assembleia.
“A resposta não poderia ser outra. A falta de sócios é o que leva a diretoria a elencar tais propostas. No meu ponto de vista, por o clube estar em uma área suburbana, o acesso se torna mais difícil e, por isso, as pessoas não participam. Se levarmos em conta o lado emocional, é claro que gostaria que a Ajub continuasse sendo o clube tradicional de Beltrão. Mas, analisando com a razão, tenho que concordar com os passos que forem dados pela próxima diretoria.”
