Mês dedicado à saúde masculina tem foco na prevenção a partir de hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas e alimentação balanceada. No Paraná, mulheres vivem em média sete anos a mais.
Instituída no calendário oficial do Governo do Paraná em 2012, o Agosto Azul deste ano é focado no incentivo à manutenção de hábitos saudáveis, visando a melhoria da qualidade de vida e o aumento da longevidade do público masculino. A intenção é mostrar que é possível ter qualidade de vida fazendo alguns ajustes simples na rotina diária, chamando ainda a atenção da população para a importância da prática de atividades físicas e de manter uma alimentação balanceada.
Atualmente, as mulheres vivem em média sete anos a mais que os homens no Paraná. Entre os motivos para a diferença está a violência e o alto índice de mortes masculinas ligadas às doenças cardiovasculares, cujo risco de aparecimento é maior em pessoas sedentárias ou que se alimentam de forma inadequada.
Outro fator que dificulta a prevenção e tratamento de doenças no público masculino é a cultura do receio de buscar ajuda médica. Segundo o urologista Luiz Fernando Dip, a maioria dos homens só procura o consultório quando o problema aparece.
“Essa medicina preventiva é uma atuação nova porque o homem não coloca como uma prioridade na vida dele cuidar de sua saúde, ou seja, enquanto ele está com poucos sintomas de algum agravo na saúde, ele vai sempre protelando a visita ao médico de modo que quando realmente aquilo começa a lhe incomodar do ponto de vista estético ou funcional ou realmente atrapalhar a sua qualidade de vida ou a tua vida como um todo”, disse, em entrevista à Rádio Continental FM.
Na visão do médico, é preciso “plantar a sementinha” na cabeça do homem de que, principalmente a partir dos 30 a 35 anos, ainda mais aqueles com histórico familiar de doenças de risco, procure o médico para fazer avaliação de rotina de exames simples. “De maneira geral, essa é a idade para investigações de neoplasias (câncer), mas não existe uma regra, fica a critério de cada um”, frisou.
O modo retraído de tratar da saúde ainda pode colocar em risco a vida do homem. “É cultural mesmo, o homem não costuma partilhar dos problemas em rodas de amigos, diferente da mulher, por exemplo. Vivencio isso diariamente no consultório é até engraçado porque com a gente eles acabam se sentindo mais à vontade, acabam colocando situações que a gente, na maioria das vezes, consegue melhorar o problema exposto. Aqui vem o problema da prevenção, porque grande parte das doenças não possuem sintomas e é aí que mora o perigo”, disse o urologista à rádio.
