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Na tarde de quinta-feira, 16, no retorno de uma reportagem no interior de Francisco Beltrão, deparei-me com um caminhão, com placas de Francisco Beltrão, carregado com perus em idade para abate. Os abates e integração foram suspensos em 2018.
Ontem, a BRF, em São Paulo, foi acionada para expor o motivo deste e de outros caminhões carregados com perus que têm circulado em Beltrão.
Em nota, a companhia afirmou: “A BRF informa que sua linha operacional de perus continua em Chapecó e que, em determinadas situações de contingência, trabalha com o envio das aves para o abate em Francisco Beltrão”.
O presidente da Associação de Avicultores do Sudoeste do Paraná (Avisud), Claudinei Colognese, disse ao JdeB que já faz algum tempo que algumas cargas de perus estão sendo enviadas de Chapecó para abate em Beltrão.
Mas Claudinei, que sempre mantém contatos com a direção da empresa, ressalta que “não tem expectativa” de retomada de alojamento e abates de perus em Beltrão, “não tem previsão” e “não tem projeto”.
Só que ele adiantou que a empresa “não mexeu no frigorífico” local – eram duas plantas de abates de perus médios e grandes. Alguns núcleos de matrizes para produção de ovos de perus continuam funcionando no interior de Beltrão e esta produção é encaminhada para o incubatório da BRF em Chapecó. De lá, os perusinhos seguem para os aviários dos integrados.
Claudinei disse que a companhia vai ampliar o número de aviários integrados no município. “É pra abrir novas vagas para mais aviários de frangos. Em Beltrão são pelo menos cinco novos”, revela Claudinei.Hoje o investimento num novo aviário com todas as tecnologias exigidas pela BRF e órgãos sanitários gira em torno de R$ 1 milhão.