Exageros pós-Páscoa são prejudiciais à saúde. Ingerir em quantidade moderada e o tipo certo de chocolate pode ser benéfico para o organismo.
A Páscoa passou e agora vêm as preocupações para quem exagerou no chocolate. O consumo em excesso de chocolate pode prejudicar a saúde, em contrapartida a escolha correta do chocolate bem como o seu consumo moderado pode trazer benefícios potenciais à saúde. Existe hoje uma variedade enorme de chocolates que agradam diversos tipos de paladares até mesmo para quem tem alguma intolerância alimentar. A nutricionista Geci Strappazzon diz que quem passou dos limites, precisa correr atrás do “prejuízo”.
Benefícios do chocolate amargo
Um dos benefícios do chocolate é fornecer energia ao organismo porque ele é rico em calorias, mas existem diferentes tipos de chocolates que têm composições diversas e, por isso, os seus benefícios para a saúde também são muito distintos.
Geci orienta que “o chocolate amargo ou meio amargo melhora a circulação sanguínea e previne o câncer, devido a sua riqueza em antioxidantes”. Outros benefícios do chocolate amargo, segundo Geci, são: “Faz bem ao coração porque promove um fluxo adequado de sangue devido aos potentes antioxidantes do grupo dos flavonoides, que são as catequinas, epicatequinas e procianidinas; estimula o sistema nervoso central e os músculos cardíacos, pois possui teobromina, que é uma substância com ação semelhante à cafeína e dá a sensação de bem-estar, pois ajuda a libertar o hormônio serotonina”. Entretanto, a porção recomendada é de “apenas” 30 gramas por dia, em média.
Conheça as principais diferenças entre os tipos de chocolates
Cacau em pó: de sabor amargo, utilizado principalmente em receitas culinárias, é obtido através da amêndoa de cacau torrada e moída.
Chocolate amargo: É composto principalmente por sementes de cacau e pouca quantidade de manteiga, açúcar e leite. Traz alta taxa de flavonoides, antioxidantes naturais benéficos ao organismo, o teor de cacau fica em torno de 50% a 70%, sendo o mais indicado para a saúde.
Chocolate meio amargo: Tem as mesmas características do amargo, com uma taxa de cacau entre 40% e 50%, segundo mais indicado.
Chocolate ao leite: Composto por licor e manteiga de cacau, açúcar, leite, leite em pó ou leite condensado. Como a quantidade de cacau é menor de 40%, não traz vantagens para o coração.
Chocolate branco: Mistura de leite, açúcar, manteiga de cacau e lecitina. Tem zero de semente de cacau e, portanto, zero de flavonoides, é o menos indicado.
Chocolate diet: indicado para diabéticos, não possui adição de açúcar, porém é mais calórico quando comparado com o chocolate tradicional por possuir maior concentração de gordura.
Chocolate orgânico: produzido com ingredientes 100% orgânicos, isentos de agrotóxicos e fertilizantes químicos.
Chocolate à base de soja: produzido com produtos e derivados à base de soja, 100% vegetal, isento de lactose, proteína do leite e glúten, sendo uma opção para celíacos, portadores de intolerância à lactose e alérgicos à proteína do leite de vaca.
Chocolate de alfarroba: farinha utilizada como substituta do cacau, possui baixa concentração de gordura, não contém cafeína, é fonte de fibras e contém poucas calorias. Não contém lactose e glúten, sendo uma ótima opção para intolerantes à lactose e celíacos. A versão sem açúcar pode ser consumida por diabéticos.
Quanto mais cacau o chocolate tiver, mais benefícios há para a saúde, por isso os benefícios do chocolate meio amargo e amargo são maiores.