Werle (Planalto) e Ladair Casanova Sócrates (Salto do Lontra).
Um grupo formado por representantes de diversas entidades da região irá viajar neste domingo para conhecer a unidade da Embrapa da cidade de Pelotas (RS). Uma série de lideranças políticas e comunitárias está se articulando desde o fim do ano passado para que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária instale um centro de pesquisa no Sudoeste do Paraná.
A comitiva, que ficará dois dias no Rio Grande do Sul para conhecer o funcionamento e colher informações técnicas do órgão, conta com a participação de integrantes da UTFPR de Dois Vizinhos, Assesoar, Fetraf, Acamsop-13, Amsop, Prefeitura de Francisco Beltrão, mandatos dos deputados Assis do Couto (PT) e Luciana Rafagnin (PT), Núcleo dos Veterinários do Sudoeste e do Território Sudoeste.
Um documento foi apresentado para o Ministério da Agricultura e à senadora Gleisi Hoffmann (PT), que na época era chefe da Casa Civil da Presidência da República. Os deputados federais Assis e Nelson Meurer (PP) articularam uma emenda de bancada no valor de R$ 25 milhões para viabilizar o projeto.
As entidades também tiveram audiência com o prefeito Antonio Cantelmo Neto (PMDB), que pediu um estudo mais detalhado sobre o projeto. Ele quer saber o tamanho da área de terras necessária, a demanda de profissionais especializados, que foco teria a unidade de pesquisa e qual a contrapartida necessária do poder público local. O município já sinalizou que será parceiro e está avaliando possíveis áreas para a instalação da unidade.
Luiz Pirin, representante da Fetraf, falou que o objetivo não é apenas um escritório, mas um centro especializado em novas tecnologias que possam ser aplicadas na agricultura familiar. “Como a Embrapa de Pelotas tem esse perfil, estamos indo para lá para conhecer a infraestrutura. Além disso, eles deverão nos auxiliar na elaboração do projeto técnico.”
Num primeiro momento, ressalta Pirin, foram definidas quatro possíveis linhas de pesquisa da Embrapa para o Sudoeste: leite, fruticultura, agroindústria e sucessão familiar. De acordo com ele, hoje é um dos principais problemas da agricultura regional, os jovens abandonam o campo e as famílias que permanecem na área rural estão envelhecidas. A região só conta com centros de pesquisa em Pato Branco (Cetis e o Iapar).
Início
A luta pela Emprapa teve início na direção da Acamsop-13. Em seguida teve o apoio da Amsop e demais entidades e personalidades políticas. Pela entidade dos vereadores, quem está acompanhando o processo é o vereador de Planalto Inácio Werle (PT). Na sexta, ele e o presidente da Associação, vereador de Salto do Lontra Ladair Casanova Sócrates (DEM), tiveram uma última conversa antes da viagem. “Estamos otimista”, disse Sócrates. E desejou boa sorte ao amigo. “O Inácio é o nosso representante nessa luta, que é de todos”, acrescentou.
