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Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Mais um avião Boeing 737 chega a Itapejara D’Oeste

Propriedade de Eloy Biesuz já conta com cinco aviões expostos: dois boeings e três aeronaves bimotores.

 

Nova aquisição do comandante Biesuz, um Boeing 737-300, entre o já reformado 737-200 e o bimotor Learjet 24.
Fotos: Rubens Anater/JdeB

Desde janeiro de 2014, existe um elemento estranho em meio à zona rural de Itapejara D’Oeste. Em vez de plantações, potreiros e reflorestamentos – coisas comuns do interior de qualquer lugar -, o empresário, fazendeiro e comandante Eloy Biesuz levou até sua propriedade na comunidade de Barra Grande um avião de passageiros Boeing 737 desativado, e o instalou no meio de uma lavoura de soja.

Daquele janeiro até hoje, Eloy reformou o avião, não para voar, mas para receber visitas, e ampliou sua frota de aeronaves paradas com três aviões menores, bimotores: dois Douglas DC-3 e um Learjet 24.

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Nesta semana, o empresário, apaixonado por aeronaves, recebeu sua mais nova aquisição: outro Boeing 737 desativado, mais comprido do que o que já está na propriedade – o anterior é um 737-200 e o de agora é 737-300, uma aeronave maior e mais potente.

A nova aquisição de Biesuz está na propriedade desde a metade desta semana, “estacionado” entre o outro Boeing e o Learjet, à espera de reformas. Segundo Alexandre Pereira, o mecânico das aeronaves de Eloy que acompanhou o processo, o avião foi comprado em Curitiba, carregado em uma carreta e viajou por oito dias da capital do Estado até chegar no ponto onde está agora. “Só para fazer os oito quilômetros de calçamento dentro da comunidade aqui, ele levou dois dias, porque é muito grande e dava trabalho”, conta Pereira.

Mas, mesmo com cinco aeronaves na sua propriedade – que também exibe outras relíquias, como jipes de combate e um grande tanque de guerra -, Biesuz não está satisfeito. Pereira conta que o próximo projeto para a fazenda é instalar uma locomotiva a diesel próxima aos aviões, para complementar a área de visitação.

 

Área de visitação

Segundo Alexandre, o empresário montou esse espaço na fazenda por causa de sua paixão por aeronaves – tanto que em Foz do Iguaçu, município sede de sua empresa de taxi aéreo, a Helisul, Biesuz tem mais aviões, inclusive um da Força Aérea Brasileira (FAB), que serviu por muitos anos como meio de transporte da presidência da República.

Todas as aeronaves, o empresário reforma e abre para visitação de amigos e até de curiosos. “Nunca negamos uma visita aqui se temos alguém que possa acompanhar”, afirma Pereira. E com o Boeing 737-300 vai ser semelhante – no entanto, em vez de reformá-lo tendo como base o modelo original, como fez com o 737-200, o avião vai ser modificado.

De acordo com o mecânico, o plano de Biesuz é retirar todos os bancos e montar suítes de apartamento personalizadas dentro da aeronave. No entanto, esse plano é para longo prazo. Agora a prioridade é reformar o avião da FAB, em Foz do Iguaçu, para depois investir no Boeing – “ele deve ficar pronto em mais ou menos um ano”.

 

O custo de se ter um Boeing na propriedade

Todo o processo pelo qual passam os aviões que estão na propriedade de Eloy Biesuz não é barato – e o investimento não termina na compra da aeronave. É preciso gastar em transporte e, por fim, na reforma. Segundo Alexandre, cada etapa – compra, transporte e reforma – pode custar até R$ 150 mil quando se fala de um avião do tamanho dos boeings 737.

Por isso, o mecânico comenta que o total investido – sem contar a manutenção necessária depois da reforma – gira em torno de R$ 400 mil. O valor é quase suficiente para construir seis casas populares através de construtoras na região (R$ 70 mil cada casa) ou então para pagar 454,5 salários mínimos (salário mínimo do Brasil: R$ 880).

Boeing 747-300 já está na propriedade de Eloy Biesuz e aguarda reforma, que deve ficar pronta em um ano.

 

 

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