Dalgiro e Matilde Leão são produtores de hortifrúti e gostam do trabalho com as plantas.

Moradores da Nova Seção, em Francisco Beltrão, Dalgiro de Carvalho Leão e Matilde Rafagnin Leão trabalham com a produção de hortifrúti.
Eles são associados da Cooperativa Central da Agricultura Familiar Integrada do Paraná (Coopafi) e repassam alfaces, laranjas e vergamotas para a merenda escolar. Ainda, o produtor, nas terças e sextas-feiras, entrega verduras na casa dos clientes na cidade.
Há 45 anos, a família de Dalgiro comprou a propriedade em que mora e onde criou as filhas, Ana Vandressa e Maria Elisa. No início, eles plantavam milho, feijão e arroz para o consumo da família e um pouco comercializam. Mas, após o casamento com dona Matilde, o casal começou a lidar também com leite e queijo, quando chegou a vender para a Latco.
O gosto de cuidar da terra fez com que o casal se voltasse para a produção de hortaliças, então há 10 anos eles plantam verduras e também frutas. “Gosto de lidar com a terra, de cuidar das plantas, então cuidamos os nossos canteiros. É uma pena que este ano, por causa da chuva, muita coisa estragou”, comenta Matilde.
A cada 15 dias, eles entregam 75 quilos de alface comum e alface pão-de-açúcar. “Nós temos planos de mudar para uma estufa, porque faz as verduras durarem mais e é melhor de trabalhar do que a horta”, compara Dalgiro.
Frutas
O cultivo das frutas é para somar ao rendimento da família. Exige pouco cuidado e pouco serviço, assim, torna-se um aliado na produção. A família repassa 150 quilos de laranja e vergamota por mês para a Coopafi. “As frutas precisam mais é da manutenção das árvores e menos irrigação”, diz o produtor.
Orgulho do que faz

A família considera que vale a pena trabalhar com hortifrúti. “Sinto orgulho de ser vendedor de verduras, temos vários fregueses e sou conhecido das pessoas. Enquanto a Matilde faz os canteiros, planta e cuida, eu faço a venda dos produtos”, explica Dalgiro.
Há dois anos, os produtores entraram na Coopafi e a renda da família melhorou. O dinheiro é pago de uma única vez, assim fica mais fácil de planejar os gastos. “Ouvi na rádio que a cooperativa estava aberta para novos associados e isso facilita, pois vai lá e entrega o produto e pode usar o seu tempo para outra coisa. Quando a gente precisa entregar todo o produto, sai pela manhã e só volta à noite para casa, nós ganhamos tempo com esta parceria”, ressalta Dalgiro.
Expectativa de crescer mais
O casal está otimista, pois receberá apoio técnico da Emater. “Depois que entramos na cooperativa, já participamos de vários cursos e dias de campo. Isso ajuda a gente a melhorar a produção. Nós fizemos os cursos de cultivo de morango, mais para aprender, nem que a gente não plante, estamos aprendendo coisas novas”, diz Matilde.
A propriedade também recebeu apoio da prefeitura, que repassou calcário para corrigir o solo, onde é plantado moranga. Para o casal, a assistência técnica dá ânimo para melhorar.
Como o produto de Dalgiro e Matilde é orgânico, eles notaram que recebem mais incentivos por causa disso. “É melhor pra saúde da gente e de quem consome, além de que pagam um pouco mais por ser orgânico, ou seja, pela qualidade do produto. Estamos animados com a mudança, porque todo mundo quer produto de qualidade”, esclarece o produtor.