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segunda-feira, 02 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Rodocrédito: Cooperativa surgiu para auxiliar categoria e hoje está sendo expandida a todo o Estado

 

O presidente Álbio Stupp.

 

Criar uma cooperativa de crédito focada no setor de transportes. Foi com este principal objetivo que no dia 6 de outubro de 2008 surgiu a Rodocrédito (Cooperativa de Crédito). Em entrevista ao JdeB, o presidente Álbio Stupp lembrou a trajetória de implantação da cooperativa e citou a participação de empresários, na época filiada à Coptrans (Cooperativa de Transporte), para que fosse possível montar o processo de constituição da cooperativa. “Isso aconteceu rapidamente no ano de 2005; encaminhamos o processo ao Banco Central, que demorou cerca de dois anos para aprovar.”

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Tudo foi feito dentro da legalidade, seguindo os princípios básicos, mas era necessário arrumar uma central, caso contrário, a Rodocrédito seria uma cooperativa “solteira”. Segundo explica Álbio, não seria bom para a cooperativa, nem para o Banco Central. “Por um acaso do destino, numa pesquisa, encontramos a Cecred (Cooperativa Central de Crédito Urbano), de Blumenau (SC). Prontamente eles ficaram interessados. Tivemos que refazer o processo no Banco Central dentro dos padrões do Cecred, que pertence ao Banco Central do RS, e então foi refeito e encaminhado para lá. Na metade de 2008 foi aprovado.”

Começaram então as primeiras assembleias para eleição da diretoria. Em 6 de outubro foi aberta em Francisco Beltrão a primeira agência da Rodocrédito. Foi uma grande batalha e, hoje, tanto diretoria quanto cooperados se orgulham da história de desenvolvimento da cooperativa. 

Ajudando a fortalecer 
o transporte
Desde a sua concepção, a ideia da cooperativa era atender os trabalhadores do setor de transportes. De acordo com o presidente, a categoria é sofrida e enfrenta muitas dificuldades. Geralmente, como diz Álbio, eles precisam mais de dinheiro do que têm para aplicar. Com este principal intuito foi criada a Rodocrédito Sudoeste. “Atendemos o transportador e a cadeia que atende o transportador, ou seja, recapadoras, embarcadoras, postos de combustíveis, tudo que é ligado ao transporte”, enfatiza.

Investimentos na cooperativa
Recentemente, a Rodocrédito conseguiu um grande avanço: a autorização para trabalhar com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O valor de R$ 65 milhões já está destinado para a central. Inicialmente, virão R$ 2,8 milhões para aplicar junto aos transportadores do Sudoeste. “Se o cooperado precisar comprar pneu, fazer o motor do caminhão, por exemplo, teremos o cartão BNDES para usar como se fosse um cartão de crédito”, explica Álbio. 

Mas o presidente avisa que o cartão será concedido aos cooperados que tiveram um bom perfil dentro da Rodocrédito. Afinal, não é possível correr riscos. “Vamos, então, fazer uma seleção para evitar problemas.”

Postos de atendimento
No Sudoeste, a Rodocrédito possui três postos de atendimento efetivados. O primeiro em Francisco Beltrão, o segundo em Marmeleiro e o terceiro em Dois Vizinhos. Em outubro, a previsão é que o quarto posto seja aberto em Pato Branco. 

De acordo com o presidente, existe uma grande procura por parte da federação das empresas de transportes para que a Rodocrédito se estenda a todo o Paraná. “Tivemos uma reunião no fim do mês em Curitiba, com a participação do presidente da Cecred, para decidir se vamos expandir para o Estado ou se vamos ajudá-los a criar outras cooperativas.”

Conforme Álbio, a ideia da Rodocrédito sempre foi se manter no Sudoeste. Diante das distâncias dos grandes centros e da logística de viagens, o melhor seria abrir cooperativas segmentadas. “Com certeza terá no Estado inteiro, agora, se vai ser todo o Paraná comandado pela Rodocrédito Beltrão ou se serão vários polos de cooperativas, é preciso decidir. Mas o nome já está acertado, será Rodocrédito.”

Número de associados e dividendos
Hoje a cooperativa conta com 1.800 associados. Até 2017, a expectativa é que a Rodocrédito tenha 4.500 cooperados e R$ 84 milhões de ativo. Atualmente, ela mantém ativos R$ 37 milhões, oriundos de depósitos à vista e a prazo. Numa história de seis anos, os cooperados já possuem R$ 6 milhões de capital. “Nosso crescimento nos últimos anos é na faixa de 30%. É um desafio e ainda somos novos e temos campo para crescer.”

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