O modelo será compartilhado entre a Embrapa, UTFPR, Seab, Fórum de Entidades da Agricultura Familiar, Amsop e instituições locais de ensino.
Autoridades de Francisco Beltrão, estaduais, federais, líderes sindicais, o Fórum de Entidades da Agricultura Familiar e representantes da Embrapa estiveram reunidos na manhã de ontem, 22, na Amsop, para debater o projeto de aproximação da Embrapa com a região Sudoeste.
O encontro contou com a presença do deputado Assis do Couto (PT) e teve na abertura as boas-vindas do prefeito Antonio Cantelmo Neto (PMDB). Os diretores dos campus das universidades tecnólogicas também comparecem (Beltrão, Dois Vizinhos e Pato Branco; é para onde, dando certo, estarão as unidades descentralizadas da Embrapa).
Um dos principais resultados do seminário foi a definição de um modelo compartilhado de gestão para o projeto.
Dois representantes da Embrapa Clima Temperado, com sede em Pelotas (RS), contribuíram para debater este modelo de gestão. Os pesquisadores João Carlos Costa Gomes e Apis Pereira, que trabalham a agroecologia e a transferência de tecnologia na Embrapa, deram detalhes sobre o funcionamento da entidade e comentaram as possibilidades e limitações da aproximação da Embrapa com a região.
Durante a abertura do seminário, o deputado Assis, que acompanha de perto o andamento do projeto e dialoga com a diretoria da Embrapa em Brasília, disse que a união das entidades em torno da causa é o principal fator motivador do projeto. “É um projeto muito importante para o Sudoeste do Paraná”, afirmou. “Precisamos de articulação política, contar com a força da bancada federal do Paraná, para ajudar neste projeto. Devemos dar o passo que é possível agora, mas jamais desistir do sonho. Este é construído ao longo do tempo”, completou o parlamentar.
O modelo de gestão
Um dos encaminhamentos do seminário foi esta proposta de modelo de gestão que contemple, através de um consórcio, um representante da Embrapa, um representante da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), um representante da Secretaria da Agricultura e Iapar, dois a três representantes da agricultura familiar, um representante da Amsop e um representante das instituições de ensino, como universidades estaduais e o Colégio Agrícola, por exemplo.
“Acho que este é o último seminário”, afirmou Assis. “A partir de agora é articulação política e precisamos saber como fazer, onde fazer e quando fazer”, pontuou o parlamentar.
Uma vez que o deputado se comprometeu em buscar editais para projetos de inovação no Ministério de Ciência e Tecnologia e no Ministério do Desenvolvimento Agrário, Costa Gomes da Embrapa assumiu o compromisso de escrever um relatório sobre o seminário em Francisco Beltrão e encaminhar à diretoria da Embrapa.
“A Embrapa precisa ser mais um agente neste processo de democratizar o conhecimento, com protagonismo local. Precisamos fazer com que o conhecimento disponível na Embrapa chegue aqui na região. Precisamos ser complementares. Mas é preciso ter uma aliança sólida na região para compartilhar os ativos, respeitando as particularidades de cada instituição”, acrescentou Costa Gomes.
Para viabilizar o projeto, existe uma emenda coletiva (da bancada federal paranaense) no valor de R$ 32 milhões. A emenda, indicada pelos deputados federais Assis e Nelson Meurer (PP), foi aprovada, inicialmente, na Comissão Mista de Orçamento da Câmara dos Deputados.
