Projetos devem ser demonstrados para as cooperativas visando do desenvolvimento social.

JdeB – A direção do sistema de cooperativas de crédito Cresol, de Francisco Beltrão, recebeu ontem uma comitiva da Organização para as Nações Unidas (ONU), de Nova York (EUA), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). O russo Oleg Serezhin, assessor sênior do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (Desa/ONU), e Andrey Allimadi, coordenador para Cooperativas na ONU, da Uganda, João Martins, da OCB, e Robson Mafioletti, da Ocepar, além do tradutor Jap Vandorn, holandês, foram recepcionados pelos diretores Alzimiro Thomé, presidente da central; Luiz Tomacheski, vice-presidente; Adriano Michelon, vice-presidente da Confederação Cresol; e Luiz Panzer, executivo da Cresol Instituto.
Os representantes da ONU vieram de Brasília a Francisco Beltrão e ouviram uma exposição sobre as ações e a forma de atuação do sistema Cresol, concederam entrevista à imprensa, conheceram as instalações da sede nacional e depois participaram de almoço. Na sequência, os representantes da ONU seguiriam para compromissos no Rio de Janeiro.
Momento de Satisfação
Alzimiro Thomé agradeceu a visita dos representantes das Nações Unidas. “Pra nós, primeiro é importante agradecer por esse grande momento. Acho que vem ao encontro de uma forma construída ao longo da nossa história. Então, poder receber os representantes da ONU, ter aqui a Organização das Cooperativas do Brasil, da Organização das Cooperativas do Paraná, pra poder conhecer um pouco mais a história da Cresol, desde a sua fundação, os nossos pioneiros, os idealizadores, aquilo que a gente constituiu e que vem preparando as pessoas, inclusive para o futuro, os nossos milhares de cooperados, através dos projetos e das nossas consultorias. Como nós falamos, nós não somos uma instituição financeira que tem produtos e serviços somente, mas temos os consultores. Nós precisamos ouvir cada vez mais os nossos cooperados e saber quais são as demandas. Associado a isso, a nossa instituição tem o comprometimento de poder atender a todos.”
Ele acrescentou a oportunidade da troca de experiências e informações com os diretores da ONU. “Hoje é um dia muito importante, poder estar aqui compartilhando as experiências e nos comprometendo em dar sequência esse projeto. Melhor ainda é ter o reconhecimento dos representantes da ONU, de trazer as experiências a nível mundial, mas olhar aqui dentro do nosso próprio País, da nossa nação, aonde existem boas e ótimas experiências cooperativistas e que, juntos, nessa sinergia, a gente pode construir, com certeza, um mundo mais cooperativado. Então, aquilo que a gente foi buscar e foi conhecer desde os princípios da Cresol em poder aprimorar para saber da melhor maneira possível, criar a nossa instituição a nível internacional, hoje é um compromisso nosso de poder retribuir. Vamos aproveitar o momento e dar o melhor de nós, da nossa organização, para que dissemine o cooperativismo a nível mundial”.

Alzimiro disse que a Cresol tem interesse em mostrar suas ações e projetos para outras regiões. “Já somos convidados em vários espaços pra levar a experiência da Cresol, não só a nível de Brasil, mas, através mais uma vez da Organização das Cooperativas Brasileiras, com certeza a nossa experiência a nível internacional é bastante grande. Temos vários outros países na América Latina sendo atendidos, acompanhados pela Cresol, porque associado a isso, com certeza, olhando a parte social de desenvolvimento junto à comunidade, a Cresol é um caso de sucesso e a gente está compartilhando esses bons momentos”.
Adriano Michelon destacou a honra e a alegria de receber diretores da ONU na Cresol. Ele disse que a intenção do sistema cooperativista é “replicar essa experiência nossa em outros países. Já somos signatários junto à ONU, já fizemos esse termo de compromisso. Queremos socializar as informações, tudo isso que a gente tem de aprendizado e pra poder compartilhar, como o presidente Thomé já conversou, nós temos parceria com alguns países da América Latina. Estamos agora também indo pra Ásia, numa visita agora ao final do ano, pra fazer esse intercâmbio”.
Diretores da ONU
Os representantes da ONU responderam, também, a algumas perguntas feitas pelos repórteres. Andrew mencionou da importância das cooperativas e de experiências fortes no Brasil, principalmente na área de saúde e de sistemas financeiros, como a Cresol. E a importância que as cooperativas no mundo inteiro têm pra combater os problemas como a pobreza, a inclusão das pessoas que não têm acesso a certos serviços ou produtos que precisam para desenvolver a economia, não só em termos econômicos, mas também de desenvolvimento social. E que as cooperativas, em qualquer lugar do mundo, têm esse mesmo desejo de contribuir pra um desenvolvimento econômico e social. Conforme disse, isso junta as cooperativas ao redor do mundo e também para fortalecer esse intercâmbio de experiências, que possa ajudar para que o cooperativismo no mundo inteiro também possa crescer com muita força.
Oleg explicou que a Cresol foi escolhida para a parceria com a ONU porque ela representa uma experiência que veio de uma cooperativa pequena, atendendo um pequeno grupo de agricultores e um pequeno tempo – 28 anos -, conseguiu crescer mantendo o seu DNA e não é mais só uma cooperativa de produtos e serviços financeiros, mas que traz todo um desenvolvimento junto com uma instituição financeira consolidada.
Relatou, também, que a Cresol se compromete a trabalhar nos Objetivos de Desenvolvimento (ODS), da ONU, e trabalhar com comunidades em vulnerabilidade social. Para a ONU, conforme Oleg, é muito importante sempre destacar a importância de trabalhar com esses objetivos do ODS. Comentou o que aconteceu na Cresol, que iniciou pequena, mas se tornou uma cooperativa de crédito e poupança consolidada. Por isso, essa experiência de cooperativismo que a ONU precisa levar para outros países, para avançar na sociedade.