A partir de ações simples usuários podem evitar sofrer crimes virtuais nesse período de pandemia.
Por causa da pandemia da Covid-19 (coronavírus) o país vive um momento sensível, onde muita gente tem procurado por descontos oferecidos por empresas e benefícios concedidos pelo Governo. Nesse contexto, golpistas estão se aproveitando para tentar roubar dados e informações de brasileiros.
Segundo uma empresa que desenvolve aplicativos de segurança, até a última semana mais de 4,5 milhões de brasileiros haviam acessados links falsos em relação ao auxílio emergencial. Chamado popularmente de “coronavoucher”, o benefício de R$ 600 está sendo destinado para ajudar famílias que estão com pouca ou nenhuma renda por causa da pandemia.
Além de golpes envolvendo o serviço do Governo, também foram identificadas fraudes relacionadas a ofertas em serviços de streaming, promessa de aumento na franquia da internet, ovos de Páscoa grátis e até mesmo pessoas se passando por funcionários de saúde e pedindo dinheiro para as vítimas. Os canais utilizados pelos criminosos são o telefone, e-mail e principalmente o WhatsApp, aplicativo mais popular do país.
Sylvia Bellio, especialista em infraestrutura de TI e CEO da it.line, empresa eleita por quatro vezes consecutivas a maior revendedora da Dell Technologies no Brasil, lembra que um golpe específico também tem aumentado nesse período de pandemia. Por causa das restrições de movimentação e fechamento de comércios e serviços não essenciais, muitas pessoas têm apostado nas videoconferências como método de trabalho ou para conversar com amigos e família. Nesse cenário, um programa de vídeo chamadas foi alvo de criminosos e sofreu invasões e uma disseminação de links falsos.
“Nesse caso, é muito importante tomar cuidado com o que está sendo baixado. Os fraudadores viram que o programa está fazendo sucesso e criaram falsificações dele. Por isso é importante encontrar o site oficial para realizar o download”, afirma.
Sylvia pontua que os criminosos se aproveitam da baixa desconfiança das pessoas e da fragilidade da segurança de seus aparelhos para aplicarem os golpes.
“O Brasil é infelizmente um dos países que mais sofrem crimes virtuais do mundo. Então, é preciso realizar campanhas de conscientização e debater o assunto, já que com medidas básicas é possível diminuir muito a possibilidade de ser vítima de crimes cibernéticos”, argumenta.