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Francisco Beltrão
segunda-feira, 02 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Polícia Civil desmantela quadrilha que falsificava CNH em quatro estados

 

Documento era vendido entre R$ 1.500 a 
R$ 2.000 e era entregue no mesmo dia.

 

A Polícia Civil de Pato Branco deflagrou na manhã de quarta-feira a Operação Olaria, que resultou na prisão de várias pessoas acusadas de falsificar e vender carteiras de habilitação falsificadas. A quadrilha usava uma fábrica de tijolos como fachada para vender os documentos. As prisões foram em Frederico Westphalen (RS), Maravilha e Xanxerê (SC), Iguatemi (MS), Palmas, Clevelândia e Pato Branco (PR). A polícia acredita que milhares de documentos foram vendidos pelo grupo que atuava em quatro estados. 

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A operação foi realizada ontem, por volta das 6 horas da manhã, nos vários estados. No total, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisões preventivas. Outras sete pessoas foram presas por terem comprado as habilitações irregulares. 

A delegada adjunta da 5ª SDP, Franciela Alberton, disse que durante o cumprimento dos mandados sete pessoas foram autuadas em flagrante por estarem usando os documentos falsos. Parte dos presos foram levados para o Pato Branco. De acordo com ela, a operação é resultado de uma investigação de quatro meses. “Essa organização era focada em falsificação de Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O chefe da quadrilha fazia a falsificação e os demais integrantes angariavam pessoas interessadas no documento, que era comercializado entre R$ 1.500 a R$ 2 mil, com valores diferenciados conforme a categoria.”

A delegada disse ainda que a organização criminosa também está sendo investigada pela falsificação de recibos e documentos de veículos, assim como alguns integrantes já tinham sido presos, em outras ocasiões, por falsificação de moeda. O chefe da quadrilha é de Clevelândia e usava como fachada uma Olaria. 

Franciela contou que eles usavam a expressão “milheiro de tijolo” para se referir ao documento falso. Ela informou que a pessoa que comandava o esquema viajava por vários estados fazendo a falsificação das CNHs. Os auxiliares, que vendiam as habilitações falsas, também recolhiam cópias de documentos pessoais, fotografias 3 x 4 e assinatura. “Com equipamentos de impressão, eles falsificavam e faziam a entrega no mesmo dia do documento.” 
Segundo a delegada, todas as pessoas presas com o documento falso são analfabetas e não conseguiriam obter a documentação por meio legal. “Eles foram presos por uso de documento falsa.

Quem não fez uso e ocultou, sendo encontrado posteriormente pelos policiais, foi autuado pelo crime de receptação, já que ocultou um produto de crime.” Apenas um dos presos em Pato Branco é considerado integrante da quadrilha. Ele era responsável por encontrar interessados no documento falso. 

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