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Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Comitiva do Centro Social Marista visita Casa da Paz

 

Os alunos da Casa da Paz fizeram apresentação de capoeira para a comitiva de Itapejara D’Oeste.
Foto: Alexandre Bággio/JdeB

 

Uma comitiva de professores e diretores do Centro Social Marista, de Itapejara D’Oeste, esteve em Dois Vizinhos para conhecer o trabalho desenvolvido na Casa da Paz. A visita de cortesia serviu também para que eles tirassem dúvidas sobre a metodologia oferecida pela entidade duovizinhense. “Nós estamos num processo formativo com os educadores desde o ano passado. Toda sexta-feira, tiramos a manhã para isso. Neste ano, estamos estudando a diferença da educação formal da escola com a não formal. Como Itapejara não tem outra instituição, nós viemos para Dois Vizinhos na Casa da Paz para conhecer esse serviço de convivência e fortalecimento de vínculo e eles foram a referência para nós”, disse Susana Pereira, coordenadora do Centro Social Marista. 
A entidade não tem fins lucrativos e atende 300 crianças, com idade entre 6 e 12 anos, sendo a única organização não governamental (ONG) que atua dessa maneira em Itapejara. “O nosso público é de crianças em situação de vulnerabilidade social, só que atuamos de maneira diferente. Nós trabalhamos por projeto, nossos educandos não são divididos por faixa etária. Atuamos por projetos que nascem da escuta da família, do educando e do colaborador. A gente fez, no ano anterior, uma escuta de todo mundo e, a partir disso, montamos alguns eixos e construímos projetos, alguns semestrais e outros anuais. No início do ano, apresentamos para os alunos e eles escolhem quais vão participar”, explica. 
Os educadores têm acompanhamentos individuais por bimestre, além de auxílio pedagógico. A instituição conta, no quadro de colaboradores, com assistente social e psicólogos que atendem também as famílias, com visitas e encontros. 
Os projetos
Os temas são trabalhados de forma ampla. “Este ano, um dos projetos é o ‘Vem cá’, que vai falar sobre a cultura indígena. Dentro disso, se fala também do preconceito, porque as famílias trouxeram pra nós que é muito forte essa questão com o negro e o índio. No segundo semestre, vamos trabalhar as culturas do quilombola e haitiana, porque Itapejara D’Oeste recebeu muitos haitianos e isso gerou muito preconceito. Dentro desse projeto vamos ter a música, jogos, eles vão visitar a aldeia e conhecer esses jogos e trazer para o centro social para praticar com as famílias. A culinária também vai ser abordada, vamos ver como o índio come e faz seu alimento, numa troca de receitas com o pessoal da aldeia e nossas crianças”, esclarece. 

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A Casa da Paz
A entidade duovizinhense atende 100 crianças de famílias que estão em situação de risco e vulnerabilidade social. Elas estão na instituição no contraturno escolar. Com idade entre 4 a 12 anos, são divididas em quatro turmas: duas de manhã e duas de tarde. São oferecidas na instituição diversas oficinas, como capoeira, circo, musicalização, entre outras. “Estamos renovando o contrato com a Prefeitura que ajuda a manter o nosso trabalho, mas sempre recebemos doações da sociedade para manter a Casa da Paz em funcionamento”, diz o presidente Sidney Catani.
Ele já adianta que o tradicional Almoço do Trabalhador, que é promovido para arrecadar fundos que auxiliam na manutenção da entidade, foi antecipado. “Em 2017, vai acontecer no dia 30 de abril, um domingo. Como o Dia do Trabalhador vai ser na segunda, resolvemos antecipar.” 
Um dos projetos novos que também vai gerar, em breve, recursos para a entidade é o orquidário, em parceria com a UTFPR. “Já estamos com mil mudas da flor que estão sendo cultivadas. O objetivo para 2018 é ter duas mil mudas para iniciarmos a comercialização. Mesmo assim, no almoço, já vamos poder vender algumas flores”, completa Sidney.

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