Os produtores de bovinos e búfalos do Paraná não precisarão mais vacinar seus animais.
Leonira Tesser e o prefeito Augustinho Zucchi em visita a uma propriedade rural que vacinou seus animais pela última vez contra a febre aftosa.
Foto: Beto Rossatti
Uma decisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) antecipou a retirada da vacina contra a febre aftosa nos rebanhos de bovinos e búfalos do Paraná. No dia 1º de maio iniciou a última campanha de vacinação contra a doença. Segundo Leonira Tesser, chefe do Núcleo Regional da Secretaria de Agricultura (Seab), em Pato Branco, a decisão é o resultado de um grande esforço do Estado. Em Pato Branco o lançamento foi na propriedade da família Rost, e o rebanho a ser vacinado supera o número de 90 mil cabeças na microrregião.
Para o produtor Eduardo Rost o fim da vacinação é uma conquista para o agronegócio. “Eu trabalho com produção de leite há 40 anos, nunca vi um animal doente, mas sei o que um foco da doença faria com a economia do Estado, seria uma catástrofe”, afirmou o produtor.
A campanha é fiscalizada pela Adapar, e segundo a veterinária Natali Leiro, a dose utilizada nesta última campanha foi reduzida para dois ml por animal. “A dose diminuiu e os efeitos colaterais também, devendo ser menos traumática para o animal”.
Para o secretário municipal de Agricultura, Clodomir Ascari, a conquista do status de livre da febre aftosa sem vacinação merece ser comemorada pelo agronegócio. “É uma conquista para o Estado, e sabemos da luta que foi para chegarmos até aqui”, disse Clodomir.
A confirmação de ser a última campanha foi dada nesta semana, em reunião realizada em Curitiba, com representantes do Ministério da Agricultura e diversas entidades do setor agropecuário do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, que integram o Bloco 5º do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA). Desse bloco, Santa Catarina já é avaliada como livre da aftosa sem vacinação desde 1992.