A iniciativa teria como destinatários não apenas as pessoas idosas, mas também crianças na primeira infância e pessoas com deficiência.

O primeiro dia do mês de outubro é o Dia Mundial do Idoso, abrindo um período de reflexão sobre a longevidade em todo o mundo. No Brasil, a deputada federal Leandre Dal Ponte (PV) chama a atenção para a necessidade de criar uma Política Nacional do Cuidado, pois ainda são muitas as pessoas que chegam a uma idade avançada sem condições de saúde e sem autonomia.
“É por isso que o nosso País precisa de uma Política Nacional de Cuidado, a exemplo de países europeus e, também, do Uruguai aqui na América Latina”, disse a deputada paranaense, que neste ano viajou para o país vizinho para conhecer a Política de Cuidado no Uruguai.
Leandre destaca que, nas últimas décadas, houve mudanças no perfil sociodemográfico brasileiro e ampliação da participação feminina no mundo do trabalho. Assim, o modelo que cabia à família — geralmente às mulheres — a responsabilidade pelo cuidado de pessoas dependentes, é cada vez menos viável, cabendo uma divisão de responsabilidades pelos idosos entre família, Estado e sociedade.
“Não são todas as famílias que tem a oportunidade de cuidar da pessoa idosa. E a responsabilidade com a pessoa idosa é tanto da família, quanto do Estado e da sociedade. É isso que está previsto nos artigos 229 e 230 da Constituição Brasileira”, reforçou a deputada.
Amplitude da Política de Cuidados
Uma política de cuidados tem como destinatários não apenas as pessoas idosas, mas também crianças na primeira infância e pessoas com deficiência, ou de uma forma mais abrangente, a pessoa de qualquer faixa etária que, em razão de sua condição de dependência, necessita de cuidados de longa duração.
Trata-se de um conjunto de serviços prestações, estratégias e ações de cuidado que buscam desenvolver a autonomia pessoal, a independência e o bem-estar de quem necessita de apoios básicos para alimentar-se, vestir-se, cuidar da higiene pessoal, ou mesmo instrumentais, como fazer compras, preparar refeições, limpar a casa.
“É de extrema importância que o parlamento brasileiro traga para o debate público e discuta em profundidade a configuração de uma política de cuidados para pessoas em situação de dependência para o desempenho de atividades básicas da vida diária”, conclamou Leandre.