
O Padre Fábio de Melo apresentou-se na Expopato 2014 na noite de quarta-feira, dia12. Em seu camarim, o religioso recebeu a imprensa para uma breve entrevista, quando falou sobre sua carreira, religiosidade e contou sobre a sua ligação com as cidades de Pato Branco e Francisco Beltrão.
Você acredita que a música é uma forma importante de evangelizar?
Padre Fábio – Eu acredito nisso. A música tem um poder muito grande de comunicar as pessoas o que às vezes um discurso inteiro não consegue. Ela sensibiliza, ela fala através dos recursos da arte e eu acredito muito na possibilidade de evangelizar através da arte. De maneira especial hoje através da música.
Como você observa a juventude te seguindo?
Padre Fábio – Eu observo isso com muita responsabilidade. Fico muito feliz de ver pelo Brasil a fora essa juventude presente, não só nos shows, mas nos acampamentos que realizamos da Canção Nova onde a gente reúne quase 100 mil jovens que estão interessados em fazer a vida ser melhor, ser mais bonita. Os princípios evangélicos nos ajudam nisso. Gosto de dizer que o evangelho não é um conjunto de fardos a observar é um conjunto de possibilidades que nos ajudam a ser pessoas melhores. É nessa religião que eu acredito. Numa palavra que tem o poder de entrar na nossa cabeça, transformar o nosso jeito de pensar, de olhar para nós, de olhar para o outro e de olhar para o mundo.
Você é um homem bonito. Qual o segredo para evangelizar e não cair em tentação?
Padre Fábio – O desafio é sempre pensar que o que me faz conhecido e querido das pessoas tem sido o meu coração. Em um primeiro momento as pessoas tendem a olhar o meu exterior, o que é inevitável, mas eu não deixo que prevaleça somente o aspecto exterior. Acho que as pessoas precisam de corações que estejam dispostos a ouvi-las. E é essa a grande missa do padre. A gente tem que exercitar o nosso ministério na oportunidade de fazer as pessoas um pouco mais felizes e melhores.
Desde o início da sua carreira até hoje, houve algum momento de conflito entre o Padre cantor e a Igreja?
Padre Fábio – Não, eu tive um mentor que me ajudou muito, o Padre Joãosinho, que é um grande amigo meu. No período de formação, ele me disse uma coisa muito importante: “se você quiser ser comunicador, estude primeiro a melhor maneira de preparar o caminho da comunicação – já que Graças a Deus eu tinha uma aptidão natural para ser comunicador -, é ter conteúdo”. Então comecei a me preparar. O padre não pode dizer o que pensa. Em seu exercício sacerdotal, fazendo o que seja, ele está em nome da Igreja e eu preciso conhecer o conteúdo que a Igreja me pede para pregar. Eu não vou divulgar as minhas ideias, eu vou divulgar as ideias de Jesus a partir daquilo que é particular e peculiar em mim.
O Vaticano reconheceu recentemente que anda observando a atuação de religiosos brasileiros quanto a exposição a mídia. Como você analisa isso?
Padre Fábio – O Vaticano presta atenção em nós porque nós somos funcionários (risos), eles são como chefes que prestam atenção ao que os funcionários estão fazendo.
Relação antiga com o Sudoeste
No encerramento da entrevista, Padre Fábio pediu licença para fazer mais uma declaração.
“Estou muito feliz em estar hoje em Pato Branco onde tenho muitos amigos, inclusive um casal de padrinhos de ordenação mora aqui. E talvez as pessoas não saibam, mas foi em Francisco Beltrão que eu fiz a minha primeira pregação na vida. Eu era um seminarista e eu fui convidado por Dom Agostinho, nosso querido bispo já falecido, me convidou para estar em Francisco Beltrão e participar de um grande Cenáculo da Renovação Carismática. Eu sou muito feliz de voltar a esta região hoje.”