Várias inovações estão previstas nesta licitação.

Fotos: Beto Rossatti/JdeB
As duas empresas que participaram da fase inicial do processo de licitação da concessão do transporte coletivo urbano de Pato Branco foram habilitadas. Segundo o secretário municipal de Administração, Vanderlei Crestani, tecnicamente o Consórcio Tupã, formado pela Transangelo, Brantur e Cattani Sul, e a empresa LP Transportes Coletivos estão habilitados para a segunda fase.
Após o prazo de cinco dias para recurso, mais cinco para contrarrecurso, serão abertas as propostas. Nesta fase, o que vai valer é a maior outorga e o menor preço da tarifa oferecidos na concorrência pública. Estes dois requisitos terão peso 80 na análise para a decisão do município. O valor inicial da outorga é de R$ 1,9 milhão.
Segundo o prefeito Augustinho Zucchi (PDT), o destaque do projeto para os próximos 20 anos no setor foi para o aumento de linhas, frota e modernização. De 22 linhas, Pato Branco passará a ter 33. De 28 ônibus disponibilizados atualmente, a cidade contará com 32 veículos – destes, 15 serão novos e terão ar-condicionado. A idade máxima para cada ônibus será de dez anos, e a idade média da frota deverá ser de cinco anos.
Melhorias no serviço
Para o prefeito Zucchi, além de beneficiar os 12 mil usuários do transporte coletivo que utilizam os itinerários diariamente, as melhorias incentivarão a adesão ao serviço. Além disso, a estruturação atende ao desenvolvimento da cidade e planejamento da administração municipal pela modernização dos serviços públicos.
“Queremos um transporte coletivo de excelência, com condições para que a população possa utilizá-lo com qualidade. Isso requer bons ônibus, com ar-condicionado, miniterminais, acesso a informações de forma moderna e precisa, entre outras melhorias. Enfim, esse planejamento refletirá inclusive na mobilidade urbana. Estamos pensando na nossa cidade para daqui 30 anos, pensando no futuro de Pato Branco”, ressaltou Zucchi.
Avanços significativos
Os modelos dos ônibus também terão mudanças, começando pelo novo layout elaborado pela Prefeitura. Serão 21 ônibus do modelo padrão, além de oito midiônibus e três miniônibus. Ainda, 100% dos veículos terão acessibilidade e bilhetagem eletrônica. Além de “lotação”, “busão” e “ônibus”, agora o Transporte Coletivo Urbano de Pato Branco recebe nomenclatura oficial, que condiz com as origens e história da cidade: Tupã.
A nova identidade, além de constituir a nova sigla, faz referência a Tupã, considerado o som do trovão, um ato divino na cultura indígena – presente no nome das principais vias da cidade, como a Avenida Tupi, ruas como Guarani, Tocantins, Tapajós, Caramuru, Xingu, Iguaçu, Ibiporã, entre outras. No plano de estruturação executado pela Prefeitura está a implantação de 50 novos pontos de ônibus e a construção de quatro miniterminais – cada estrutura terá bebedouros, bancos, sinal wi-fi livre, entre outros.
Além disso, os terminais serão integrados, o que permitirá que os usuários tenham acesso aos horários dos ônibus e previsão de chegada, informações que estarão dispostas em painéis eletrônicos. A representatividade do contrato, que terá vigência de 20 anos, foi destacada por Crestani. “Esse é o maior contrato da história de Pato Branco, que envolverá quase R$ 190 milhões nesse período de 20 anos”, disse.
