Trabalho deve ser finalizado até dezembro para resolver problemas de alagamento da Baixada Industrial.
As chuvas que provocaram diversos alagamentos na cidade de Pato Branco terça-feira, 9, reascenderam o debate sobre as obras da lagoa de contenção do Bairro Bonato. O prefeito Augustinho Zucchi (Podemos) recebeu o Jornal de Beltrão na tarde de ontem para falar sobre as obras no local.
Os problemas que motivaram a paralisação, em 2016, foram sanados, e o processo de construção retomado, sendo hoje uma das prioridades da gestão Zucchi. “Antes dos problemas desta semana já havia determinado que esta é uma obra prioritária”, afirmou o prefeito.
A lagoa de contenção terá uma barragem de 250 metros de extensão, por 33 metros de largura, com capacidade para 268 milhões de litros de água, e deve ser concluída até dezembro de 2020. O município trabalhou muito para retomar as obras, orçadas em 2016 no valor de R$ 6,3 milhões (recursos do Governo Federal) – valor que seria utilizado para construir o reservatório de cheias (bacia de contenção) e canalizar o Rio Ligeiro, no Bairro Bonato.
“Mas é fato, também, que Pato Branco registrou nas últimas 24 horas as maiores chuvas das últimas décadas e, nestas condições, não há muito a ser feito; a água vai provocar estragos por mais que se faça a prevenção”, ressalta o prefeito. Choveu cerca de 117 mm entre a manhã e a tarde de terça-feira.
Futuro
O prefeito Augustinho Zucchi falou que para preparar a cidade e evitar problemas de longo prazo, uma série de obras estão sendo previstas. “Para o futuro, em primeiro lugar, estamos exigindo caixas de retenção em todos os novos loteamentos; todo edifício novo tem que reter sua própria água; e no entorno da cidade, por causa de nossa topografia, as propriedades rurais estão sendo objeto de obras de conservação do solo”, disse.
São investimentos públicos e privados, de forma de cada um fazendo a sua parte, para evitar futuros alagamentos. Em alguns pontos as águas subiram por problemas pontuais, como na Vila Esperança, onde os bueiros foram entupidos pelo lixo jogado no Córrego do Penso. No Bairro São João as águas subiram pelo problema de um açude que estourou e provocou enormes prejuízos.
