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Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Estado do Paraná reforça cuidados contra a febre amarela

Com os surtos pelo Brasil, a Secretaria da Saúde redobra os cuidados para evitar que a doença atinja o Paraná.

 

Mosquito Aedes aegypti também é o responsável pela transmissão da febre amarela.
Foto: ebc.com.br

 

Em videoconferência com as 22 regionais de saúde do Estado na sexta-feira, foram repassadas orientações referentes à prevenção, vigilância e assistência sobre a febre amarela para as equipes de saúde. O objetivo da Secretaria do Estado da Saúde (Sesa) é organizar e articular o trabalho realizado nos 399 municípios.
“Queremos incentivar os profissionais de saúde a cuidarem de toda a população do Paraná como cuidam de seus entes queridos. A orientação principal é incentivar a prevenção por meio da vacinação. Conversar com famílias, amigos e colegas de trabalho para lembrarem da importância da vacinação seletiva”, disse a superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini.
Diferente de outros estados do País, o Paraná não está fracionando as doses da vacina contra a febre amarela. É necessária apenas uma dose da vacina para garantir a imunidade por toda a vida. A vacinação seletiva está disponível em todas as cidades do Estado nas principais unidades de saúde. Ela é indicada para crianças a partir dos 9 meses e adultos até os 59 anos. 
O alerta principal é para pessoas que residem em áreas de matas e rios ou que fazem atividades como trilhas, pesca e acampamentos. Quem for visitar esses locais, deve procurar a unidade de saúde pelo menos dez dias antes da viagem. Esse é o tempo necessário para garantir a devida imunização contra a doença. 
Para gestantes, mulheres que amamentam, crianças até nove meses de idade, adultos maiores de 60 anos, pessoas com alergia grave a ovo ou imunodeprimidos a recomendação é que só sejam vacinados com indicação médica. 
Vigilância
O último caso de febre amarela autóctone confirmado no Paraná foi em 2008, em Laranjal, região central do Estado. Com relação a óbito autóctone, o último também ocorreu no mesmo ano na cidade de Laranjal.
Além da vigilância de casos, o Estado também realiza a vigilância do óbito de macacos e coleta de mosquitos. Apenas em 2017, foram investigados 182 pontos em 89 municípios, o que corresponde a 22,3% do território estadual. O último inquérito foi realizado no mês de dezembro e, até agora, todos os resultados foram negativos para a presença do vírus. “Investigamos quaisquer possíveis rumores sobre a morte de macacos ou notificações da doença. A comunicação em sintonia entre os serviços e a investigação ocorrendo em tempo hábil são ferramentas fundamentais para evitarmos a doença no Paraná”, fala a chefe da Divisão de Controle de Vetores, Joseana Cardoso.
Os profissionais da Atenção Primária também devem estar atentos a qualquer sintoma ou sinal da febre amarela. “Todas as equipes das unidades de saúde, incluindo os agentes comunitários, devem informar a Secretaria da Saúde sobre qualquer possível caso da doença. Queremos que a população paranaense esteja atenta e segura”, fala a chefe do departamento de Atenção às Condições Crônicas, Márcia Steil.

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Apenas precaução
Conforme Beatriz Manfrin, chefe da Divisão de Vigilância em Saúde da 8ª Regional de Saúde de Francisco Beltrão, até o momento não tem nenhuma ocorrência ou indício no Paraná e a mobilização da Sesa e das regionais é apenas por precaução. “Isso é para não pegar a gente com a calça curta, como aconteceu em São Paulo”, reforça.
Beatriz relembra que a vacinação contra a febre amarela na regional de Beltrão iniciou em 1999. “Todos os moradores de municípios da fronteira com a Argentina, Paraguai e São Paulo foram imunizados naquela campanha. Foi a primeira grande campanha que fizemos. De lá pra cá, a vacinação entrou na rotina. O alerta é para que nunca tomou a vacina, que faça logo, e quem já tomou alguma dose no passado não precisa mais fazer”, explica. 
A preocupação maior deve ser da população rural, principalmente em regiões onde exista a presença de macacos. “O macaco é nosso termômetro. Onde tem macaco, qualquer indício de macaco doente ou morto deve-se chamar imediatamente a vigilância”, orienta Beatriz.

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