Saúde
Manaus começou a vacinar ontem pessoas de 45 a 49 anos com comorbidades e, para evitar fraudes e os fura-filas, a prefeitura está exigindo a apresentação de laudo médico ou receita para medicação contínua que comprove a doença no ato da vacinação.
Neste primeiro momento as doses estão sendo aplicadas apenas em pessoas com diabetes, obesidade mórbida (IMC acima de 40) e cardiopatias, que são as principais causas de óbitos entre os pacientes com Covid-19, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
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Entre as cardiopatias selecionadas para o grupo prioritário estão insuficiência cardíaca, cor pulmonale e hipertensão pulmonar, cardiopatia hipertensiva, síndromes coronarianas, valvopatias, miocardiopatias e pericardiopatias, doenças da aorta e dos grandes vasos, fístulas arteriovenosas, arritmias cardíacas, cardiopatia congênita no adulto, próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados.
Segundo uma enfermeira que atua na campanha de vacinação, houve quem tentasse receber a vacina mesmo sem pertencer ao grupo prioritário e sem laudo médico. É o caso de um empresário de 51 anos, que é obeso, mas que não se encaixa no critério de obesidade mórbida. Mesmo assim, procurou um posto de vacinação, esperou na fila e saiu de lá sem ser vacinado.
“Como teve confusão na primeira fase de vacinação aqui em Manaus e em outros lugares, decidi ir direto no posto e tentar, mas não consegui tomar a vacina. Mandaram eu voltar para casa e retornar quando chegar minha vez”, contou o empresário, que não quis se identificar.A professora Silmara Souza, 58, que tem hipertensão arterial resistente (HAR), faz tratamento para a doença há cerca de um ano.
Apesar de ter laudo médico que comprove sua comorbidade, a HAR não faz parte das doenças pré-existentes que estão sendo priorizadas nesta fase da vacinação e, por isso, ela também não conseguiu receber a dose.
17 mil vacinadosAté esta terça (6) a Prefeitura de Manaus havia vacinado 17.677 pessoas nessa faixa etária portadoras de comorbidades.