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Francisco Beltrão
domingo, 01 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Pluma vai entregar 20 milhões de ovos para o Butantan produzir vacinas contra Covid

Cadeia produtiva, no entanto, não é no Sudoeste. Empresa duovizinhense é parceira do Instituto Butantan há sete anos.

A ButanVac vai utilizar ovos de empresa de Dois Vizinhos.

Há aproximadamente sete anos, o Grupo Pluma, Dois Vizinhos, fez investimentos para produzir ovos com biotecnologia e fornecer ao Instituto Butantan, de São Paulo (SP), que utiliza o produto como matéria-prima para a produção de vacinas.

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O processo é utilizado na vacina contra a Influenza há alguns anos e agora será a base da primeira vacina brasileira contra o coronavírus, a ButanVac. Já no mês de abril, 20 milhões de ovos serão destinados pela empresa duovizinhense ao Instituto.

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“Quando entramos, há cerca de sete anos, na parceria, já fornecíamos ovos para vacinas animais. Nos especializamos, fomos buscar tecnologia lá fora, principalmente na França, que é referencia no assunto e buscamos esse know-how e a tecnologia para produzir esse tipo de ovo e atender esse nicho de mercado. É um ovo que tem sua particularidade, precisa ser livre de vários patógenos, várias doenças, um ovo extremamente limpo e saudável”, disse Adroaldo Paludo, diretor da Pluma. 

Neste ano, já foram entregues 30 milhões de ovos para a produção de vacinas contra a Influenza. “Depois disso, tivemos um contato com o Butantan, há uns dois, três meses, em função da vacina contra a Covid que estava sendo estudada e vai trazer uma tecnologia muito similar a da Influenza e já temos um pedido de atendimento de 20 milhões de ovos que vamos começar a entregar em abril. O Butantan é o grande responsável pela tecnologia, nós estamos entrando com uma parte da matéria-prima”, completou.

Estrutura em SP
Os ovos não saem da região Sudoeste. “Temos uma filial nossa em Casa Branca (SP) que, exclusivamente, faz esse produto. A gente produz esse ovo em granjas de matrizes exclusivas, uma matriz leve, diferente da que temos aqui no Paraná para postura e produção de pintinhos. Depois das granjas, o ovo volta para o incubatório, onde é mantido em condições de poder começar o desenvolvimento embrionário e, com 11 dias, entregamos para o Butantan. Tem toda uma tecnologia para processar o ovo, incubar e, com o embrião vivo, transferimos para o instituto onde ele entra numa máquina que injeta o vírus da doença e aí se desenvolve a imunidade para fazer a vacina, seja ela da Influenza ou da Covid. Temos alojado um volume suficiente de aves para produzir cerca de 70, 80 milhões de ovos por ano.” 

O empresário destacou que o imunizante produzido a partir do ovo é mais barato. “O Brasil pode se considerar um dos poucos países que tem a tecnologia para produzir uma vacina barata, porque a vacina que tem esse veículo, que é o ovo, é muito mais barata do que as que contam com essas tecnologias novas de RNA e outras”, completa. 

Satisfação
O empresário ressaltou o orgulho de poder contribuir com a fabricação de imunizantes. “Para nós é uma satisfação. Sabemos que somos um parceiro, temos uma parte importante no processo e é muito bom fazer parte disso. Lá atrás, quando iniciamos esse trabalho com o Butantan, era uma coisa nova também, buscamos tecnologia, tem pouca gente hoje que tem esse know-how e a tecnologia para fazer isso e a gente é uma empresa de ponta, que consegue se destacar e fazer um volume considerável para contribuir com a saúde pública, com o País, com a população mundial. Essa foi uma aposta lá atrás que não tínhamos segurança se iríamos conseguir fazer e também se essa vacina podia entrar no calendário de saúde pública”, conclui. 

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