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Francisco Beltrão
segunda-feira, 02 de junho de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Vírus zika sobrevive mais tempo na urina que no sangue, especula agência norte-americana

Centro de doenças alterou diretrizes de diagnóstico para o vírus no início do mês.

 

Valdir Spada Júnior, de Francisco Beltrão.

 

Baseado em dados que evidenciam que o zika pode ser encontrado em níveis mais elevados ou sobreviver por mais tempo na urina do que no sangue, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) atualizou, no início do mês, as diretrizes de seus exames de diagnóstico para o vírus da zika. A agência recomenda agora que seu teste preferido, chamado de zika vírus RT-PCR, seja realizado com urina coletada menos de 14 dias após o indivíduo suspeito de ter a doença começar a exibir sintomas. 
O teste deve ser realizado juntamente com um exame de sangue se as amostras forem coletadas menos de sete dias após o surgimento de sintomas, disse o CDC, e um resultado positivo em qualquer um dos casos já é indício suficiente de infecção.
No Brasil, de acordo com o infectologista Valdir Spada Júnior, o exame que detecta o zika, a dengue e a chikungunya, também é feito pela metodologia de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase, na sigla em inglês) e só consegue detectar o zika até o quinto dia do início dos sintomas. 
“A partir do sexto dia ele já não detecta mais porque é o período que o vírus fica circulante no organismo de quem está infectado. O diagnóstico hoje não é mais possível de se fechar após o quinto dia”, esclarece. “Com essa nova metodologia, com certeza vai facilitar a vida de todos nós que trabalhamos com saúde”, avalia.
A novidade no diagnóstico, no entanto, não deve chegar tão cedo ao Brasil. Enquanto isso, o país, que é o mais afetado até o momento, utiliza os protocolos que dispõe. “Com relação ao zika, tudo que aparece de notícia é novo pra todos nós. Estamos diante de uma doença que a gente está conhecendo ainda, ou seja, não sabemos ao certo como funciona, só agora estamos compreendendo. Com certeza, no futuro, adotaremos este exame, já que somos o país mais afetado, mas temos que nos adequar a nossa realidade de país pobre e termos protocolos de acordo com a nossa realidade”, finalizou Valdir. *Com informações da Reuters.

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