O filme conta a história do médium baiano Divaldo Franco, um líder humanitário brasileiro. Mesmo sendo uma obra espírita, em momento algum tem a pretensão de converter o espectador, mas sim mostrar o quão concreto é o espiritismo e o alento que a doutrina traz às pessoas.
Por Leandra Francischett
Um filme que fala da vida. Conversas divertidas, momentos de emoção e uma linda história de amor ao próximo são algumas características de “Dilvado – O Mensageiro da Paz”. O filme estreou dia 12; assisti duas vezes e assistiria mais uma dezena, por isso estou na torcida para que o público do Sudoeste também tenha acesso à produção. “Tinha que ser visto pelo menos uma vez por semana, pra lembrar de tantos ensinamentos”, disse um conhecido.
O filme conta a história do médium baiano Divaldo Franco, 92 anos, um líder humanitário brasileiro. Mesmo sendo uma obra espírita, em momento algum tem a pretensão de converter o espectador, mas sim mostrar o quão concreto é o espiritismo e o alento que a doutrina traz às pessoas. Ao tratar da vida, também aborda o suicídio, que é tido como a prorrogação do sofrimento e não a sua solução.
O suicídio é um tema recorrente e a orientação para evitar os pensamentos suicidas é dedicar-se à caridade. “Cada um escreve sua própria história.” A morte não tem o poder de romper com os afetos, ou seja, o amor permanece; aliás, a morte não existe e sim a imortalidade da alma. Além disso, a pessoa tem o livre arbítrio de conduzir sua vida e é responsável pelas consequências.
Divaldo destaca que o que preenche o vazio é a caridade. “Quem se dedica a enxugar as lágrimas dos outros não tem tempo pra chorar.” No início, ele e o amigo Nilson distribuíam comida para os carentes, mas, percebendo que sua missão era ainda maior, os dois fundaram, em 1952, a Mansão do Caminho – Orfanato Espírita Cristão, em Salvador (BA). Divaldo adotou mais de 600 crianças. A instituição permanece em funcionamento e sobrevive de doações, garantindo estadia e educação para centenas de crianças.
Vale à pena
São várias as frases de impacto, selecionamos algumas que mais chamaram a atenção, embora estejam fora do contexto do filme.
“Tenha fé, o socorro virá.”
“Não é a palavra, é a autoridade moral.”
“A solução é o amor.”
“O perdão verdadeiro às vezes demora muito tempo.”
“Deus não pode ser vingativo.”
“O suicídio é o maior equívoco.”
“A vida não acaba no túmulo.”
Também são vários os momentos emocionantes, mas o que mais me tocou foi quando Divaldo profere sua clássica introdução: “Senhoras, senhores, nossos votos de muita paz”.
Juanita Gonçalves Peixer, de Eneas Marques, comentou: “Tive a oportunidade de assistir e também achei um dos filmes mais lindos que já vi! Que todos possam assistir com o coração essa preciosidade”.
Vaidade?
Há quem pergunte se este registro biográfico não seja uma vaidade de Divaldo Franco. Eu digo que não, porque, assim como ele fez em toda a sua vida, a divulgação do seu trabalho é com vistas a um bem maior, que é levar o consolador para o maior número de pessoas e assim ajudar o próximo.
Divaldo – O Mensageiro da Paz
Brasil (2019)
Direção: Clovis Mello
Roteiro: Clovis Mello
Produção: Isabela Veras
Elenco: Bruno Garcia, Regiane Alves, Ghilherme Lobo, Laila Garin, Marcos Veras, Caco Monteiro, Ana Cecília Costa, Bruno Suzano, Osvaldo Mil, João Bravo, Álamo Facó, Divaldo Franco, Alice Guêga, Caio Brandão, Nayana Rodrigues, Talita Coling, Vittor Fernando, Gabriela Nery, Neto Cajado
Duração: 1h 59min
Orçamento: R$ 8 milhões
Classificação: 12 anos