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Francisco Beltrão
domingo, 25 de maio de 2025

Edição 8.211

24/05/2025

Alf, as boas séries resistem ao tempo

Não sei se já estava lá há muito tempo, mas outro dia tropecei no Alf enquanto vagava pelo HBO Max. É muito gostoso reviver as manhãs de domingo — quando não tinha Fórmula 1 — vendo séries que marcaram uma fase da TV, da cultura pop e da minha vida. Agora estou esperando alguém aparecer com “Duro na Queda” e “Profissão Perigo” — embora a primeira temporada dessa esteja no Oldflix. “Carro Comando” nem tenho ilusões, pois não era tão boa assim.

O fato é que “Alf, o ETeimoso” é uma série de um mundo diferente, onde tudo era mais raso e lúdico. Para mim, com 7 anos de idade, a vida não tinha complicação nenhuma. Só fui apresentado a elas depois, embora elas já me conhecessem.

Por alguns minutos consigo desconectar dos problemas da vida de adulto e voltar no tempo, sentado no chão diante de uma TV Colorado de 12 polegadas P&B, vendo as estripulias de Alf, McGyver, Colt Seavers, ou mesmo os clássicos da Disney, Warner, Caverna do Dragão, Thundercats ou qualquer outra dessas coisas que assistíamos nos anos 80.

Erro, não existe o grupo! Verifique sua sintaxe! (ID: 11)

Nem tudo era bom. Os tokusatsu também fizeram e aconteceram naquelas primaveras com Jaspion, Changeman e Jiraya (Black Kamen Rider não acompanhei). Acho que já comentei que anos atrás tentei assistir um episódio do Jaspion e não consegui passar dos primeiros minutos. Não é para mim, hoje. Diferente de Alf, que continua engraçado.

A ideia de analisar a vida provinciana de uma família classe média norte-americana estereotipada dos anos 80, sob a ótica de um alienígena, pode não ser grande coisa agora mas, na época, foi uma bela sacada. E como as piadas eram bem escritas e o protagonista exalava carisma, ficou fácil se apaixonar pela série.

Alf era um fantoche na maioria das imagens e um anão de 83 cm de altura quando visto de corpo inteiro. Seu visual foi uma grande criação: Um boneco de pelúcia que deve ter vendido horrores, uma cara que lembrava um cão e olhos muito expressivos. Por incrível que pareça, era muito fácil ver cinismo, ironia, espanto e tristeza no rosto dele, mesmo com feições tão limitadas. E não tem como deixar passar despercebida a maravilhosa dublagem do saudoso Orlando Drummond.

A primeira temporada é especialmente divertida, com episódios hilários como “Estranhos na noite” — o meu preferido. Sempre questionando o incoerente modo de vida humano, Alf usa e abusa do sarcasmo para fazer rir, e ainda dá asas a nossa imaginação quando descreve alguma coisa de seu surreal planeta natal, Melmac. Embora seja bem possível que ele esteja mentindo.

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