23.7 C
Francisco Beltrão
terça-feira, 27 de maio de 2025

Edição 8.212

27/05/2025

Não hei de morrer de morte matada, nem de morte morrida

Fábio Rocha/Globo.

Por Murilo Fabris – Há quem diga que há muito tempo não se fazem boas novelas como antigamente. As duas ótimas notícias são: tramas antigas não faltam no Globoplay para serem revisitadas e a outra é que a TV Globo ainda se garante em apresentar tramas inéditas, como é o caso da recém estreada Renascer. É claro que remake não é sinônimo de inovação, mas acho que podemos deixar as nomenclaturas de lado e admitir que ainda há histórias que merecem ser recontadas e atualizadas.

Escrita por Benedito Ruy Barbosa em 1993, Renascer marcou uma geração de noveleiros. Agora quem reescreve a história de José Inocêncio e sua produção de cacau é Bruno Luperi, neto do autor original. Na primeira fase do folhetim, somos apresentados ao protagonista, que ao fincar seu facão aos pés de um imenso jequitibá, jura que vai ter seu destino mudado. Dito e feito: após ficar entre a vida e a morte durante um atentado jagunço, ele vai parar na fazenda falida de Cândida, onde renasce e se torna um dos maiores produtores da região. Fato esse que incomoda e muito seus vizinhos, os não tão amigáveis coronéis Belarmino e Firmino. No meio disso tudo, José Inocêncio ainda vai viver um amor proibido com Santinha, filha de um homem possessivo e macabro.

Era de se esperar que o ótimo elenco e o texto inteligente já tornassem Renascer uma obra de excelente qualidade, mas que alegria e diferença faz a direção de Gustavo Fernandez. Os enquadramentos ― ora extraindo toda a dramaticidade do rosto de um ator, ora mantendo a distância necessária para enquadrar todo o ambiente ― dão à novela a personalidade de um filme hollywoodiano.

- Publicidade -

Com Renascer, a Globo mostra que ainda sabe fazer uma boa novela e que tem todo o borogodó necessário para cair no gosto do público.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques