Por Marcos Staskoviak – A coleção Explorando o Desconhecido, da Netflix, tem quatro documentários: sobre uma pirâmide perdida no Egito (imagino o peão explicando como perdeu uma pirâmide!); sobre o uso de inteligência artificial em robôs (olha a Skynet aí gente!); sobre fósseis encontrados em cavernas que afetam as teorias sobre nossa evolução (estão abaladas as pobrezinhas!); e sobre a criação e lançamento do telescópio espacial James Webb (o Chuck Norris dos telescópios).
O bichão de 6,1614 ton e 6,5 m de diâmetro tem esse nome em homenagem ao segundo administrador da Nasa, que a comandou de 1961 a 1968 (que fase, hein?). Idealizado para ser a nova geração depois do Hubble, começou a ser pensado em 1989, um ano antes do lançamento do mesmo.
O projeto propriamente dito começou mesmo em 1996 e teve um monte de problemas. No início a ideia era gastar US$ 500 mil (para riso dos que gastaram US$ 6 bi no Hubble), mas os custos chegaram ao espaço antes do aparelho e o Congresso dos EUA quase cancelou o troço em 2011. Na comanda, hoje, consta o valor de US$ 10 bi.
Todos esses percalços vividos pelos administradores e os milhares de engenheiros que trabalharam uma vida (literalmente) para vê-lo ser lançado pelo foguete Ariane 5 em 2021 você acompanha em deliciosos 64 minutos. Os desafios e os números absurdos que permeiam esse gigante, em todos os sentidos, estão aqui e facilmente compreendidos.
Ainda assim tudo valeu a pena, pois as imagens que ele está fornecendo são extraordinárias tanto pelas informações como pela beleza. Ele conseguiu captar a luz mais antiga de uma galáxia já vista (sim, quanto mais longe se vê, mais para o passado se olha) a 13,48 bilhões de anos luz.
Essas imagens incríveis estão disponíveis a qualquer pessoa, em alta resolução, no site webbtelescope.org/images é só baixar e estudá-las se for astrônomo (astrólogos também podem) ou mandar imprimir o pôster se for como eu.
